
O ICI (Índice de Confiança da Indústria) do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) cresceu 0,9 ponto em maio, para 98,9 pontos, maior nível de 2025. Em média móvel trimestral, o índice avançou 0,2 ponto, para 98,4 pontos, de acordo com informações veiculadas nesta quarta-feira (28).
Em abril, o dado havia caído 0,4 pontos, a 98 pontos. “Apesar da perspectiva de melhora no curto prazo, os empresários têm um ambiente macroeconômico complexo. O conjunto de política monetária contracionista com a expectativa geral de desaceleração da economia pode refletir um cenário difícil para o setor”, afirma Stéfano Pacini, economista da FGV Ibre.
Apesar de ser a maior alta registrada no ano até agora, nota-se um aumento no nível dos estoques pelo segundo mês consecutivo, o que acende um sinal de alerta para os empresários, considera Pancini.
Expectativas e produção industrial
O especialista, porém, se diz otimista com o futuro: “Com ligeira melhora na demanda presente, as empresas reportam intenção de aumentar a produção nos próximos meses”, completa.
Em maio, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela sondagem. O resultado reflete piora nas avaliações sobre a situação atual e melhora nas expectativas em relação aos próximos meses.
Análise dos índices atuais
O ISA (Índice Situação Atual) caiu 1,0 ponto, para 99,1 pontos. O IE (Índice de Expectativas) subiu 2,7 pontos, para 98, pontos. Entre os quesitos do ISA, o nível dos estoques piorou 3,1 pontos no mês, para 103,2 pontos, maior nível de estocamento da indústria desde abril de 2024.
Em menor escala, houve queda na situação atual dos negócios, ao recuar o,8 pontos, para 98,4 pontos. No sentido contrário, o indicador que mede o nível atual de demanda avançou 0,9 ponto, para 102,0 pontos, quarta alta consecutiva do indicador.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) subiu 0,7 ponto percentual em maio, para 83,7%, melhor resultado desde janeiro de 2011 (84,0%).