A conta de luz vai pesar mais no bolso dos brasileiros a partir desta segunda-feira (2). A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, o que significa que, a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, serão cobrados R$ 7,877 a mais.
Em nota, a Aneel explicou que “a previsão de escassez de chuvas e clima seco com temperaturas altas motivam acionamento de térmicas, impactando os custos da operação do sistema elétrico”.
A última vez que a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada foi justamente em um cenário de seca severa no país, em agosto de 2021. Na ocasião, não davam conta de abastecer os reservatórios das hidrelétricas.
Na seca que castiga o país nestes meses, os reservatórios estão cerca de 50% abaixo da média. Em julho, já estava em vigor a bandeira amarela.
“As bandeiras permitem ao consumidor um papel mais ativo na definição de sua conta de energia”, afirma a nota da Aneel. “Ao saber do valor adicional antes do início do mês, ele pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta.”
O que representa as bandeiras tarifárias?
Conforme explica a agência reguladora, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil.
Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
As bandeiras tarifárias são identificadas pelas cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) e indicam se a energia custará mais ou menos, com os valores definidos conforme as condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior.
A bandeira verde indica que as usinas hidrelétricas estão funcionando normalmente e não a cobrança extra.