Recorde

Desocupação atinge menor taxa de série histórica

Em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram o desemprego.

Fonte: Canva Pro
Fonte: Canva Pro

No trimestre móvel encerrado em novembro de 2024, a taxa de desocupação recuou para 6,1%, a menor da série histórica da PNAD Contínua, iniciada no primeiro trimestre de 2012. Essa taxa representa 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego no país, menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014, segundo o IBGE.

Em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram o desemprego. Ante o mesmo trimestre de 2023, 1,4 milhão de pessoas saíram da população desocupada.

A taxa de desocupação está 8,8 pontos percentuais abaixo do recorde da série histórica da PNAD Contínua (14,9%), que foi atingido no trimestre encerrado em setembro de 2020, enquanto o número de desocupados está 55,6% abaixo do recorde da série (15,3 milhões), registrado no primeiro trimestre de 2021, sendo ambos os períodos ainda durante a pandemia de Covid19.

Ocupação e carteira assinada batem recorde

O número de pessoas trabalhando no Brasil atingiu um novo recorde: 103,9 milhões. Durante a pandemia, esse número chegou ao menor nível histórico, com 82,6 milhões em agosto de 2020. Desde então, houve um crescimento de 25,8%, o que representa 21,3 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho.

No trimestre encerrado em novembro, o país também bateu recordes no setor privado, com 53,5 milhões de empregados, sendo 39,1 milhões com carteira assinada, e no setor público, com 12,8 milhões de trabalhadores. A taxa de ocupação, que mede o percentual de pessoas com 14 anos ou mais trabalhando, atingiu 58,8%, o maior nível já registrado.

Segundo Adriana Beringuy, do IBGE, “2024 caminha para ser um ano de recordes na expansão do mercado de trabalho, impulsionada pelo crescimento tanto de empregados formais quanto informais.”

O número de trabalhadores sem carteira assinada permaneceu estável em 14,4 milhões no trimestre. Já os trabalhadores por conta própria somaram 25,9 milhões, um aumento de 1,8% no trimestre e estabilidade no ano. A taxa de informalidade foi de 38,7%, representando 40,3 milhões de trabalhadores. Essa taxa ficou ligeiramente abaixo do trimestre anterior (38,8%) e menor do que no mesmo período de 2023 (39,2%).