Em um ano no Brasil

Dieese diz que tarifaço pode acabar com 726 mil empregos 

Projeções consideram a lista de isenções da Casa Branca, mas baseiam-se em uma visão “pessimista”, em que os produtos não sejam redirecionados a outros mercados

Serviços e Indústria foram os setores que mais (Foto: Chevanon Photography/Pexels)
Serviços e Indústria seriam os setores mais afetados. (Foto: Chevanon Photography/Pexels)

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calculou que o tarifaço dos EUA contra o Brasil pode acabar com até 726 mil empregos no período de um ano. Os setores de serviços e indústria de transformação seriam os mais feridos, conforme divulgado pelo CNN Brasil.

A tarifa de 50% aplicada pelos EUA aos produtos exportados brasileiros, impactam cerca de 35,9% das exportações do Brasil ao país (US$ 14,5 bilhões). As projeções consideram a lista de exceções da Casa Branca, mas baseiam-se em uma visão “pessimista”, em que os produtos não seriam redirecionados a outros mercados.

Principais prejuízos:

  • Empregos: 726.701 postos
  • Valor Adicionado: R$ 38,87 bilhões
  • Impostos: R$ 11,01 bilhões
  • Massa Salarial: R$ 14,33 bilhões
  • Previdência e FGTS: R$ 3,31 bilhões
  • PIB: 0,357%

Considerando que haja redirecionamento da mercadoria para outros mercados ou que o plano de contingência do governo tenha sucesso, os efeitos negativos calculados podem ser mitigados.

Os setores que mais perderiam empregos:

  • Serviços: 241.482 postos
  • Indústria de transformação: 215.184 
  • Comércio: 142.372
  • Agropecuária: 103.968
  • Extrativa vegetal e pesca: 15.131

Na indústria, os segmentos metalúrgico, alimentício, madeira, químico, vestuário e calçados são os que mais seriam afetados, segundo o departamento. Na agropecuária, frutas, carnes, café e outros são citados.