Curitiba (PR)

Dono do The Boss completa 3 semanas desaparecido após denúncias de calote de R$ 1 bi

Pelo menos 800 clientes relatam não ter obtido retorno das aplicações.

O empresário de investimentos José Oswaldo Dell Agnolo, dono do escritório The Boss, em Curitiba (PR), completou três semanas desaparecido (Foto: reprodução/Ric RECORD)
O empresário de investimentos José Oswaldo Dell Agnolo, dono do escritório The Boss, em Curitiba (PR), completou três semanas desaparecido (Foto: reprodução/Ric RECORD)

O empresário de investimentos José Oswaldo Dell Agnolo, dono do escritório The Boss, em Curitiba (PR), completou três semanas desaparecido após denúncias de calotes que chegam a R$ 1 bilhão. Informações são do Ric RECORD.

Pelo menos 800 clientes relatam não ter obtido retorno das aplicações. De acordo com a reportagem, os clientes registraram queixa na delegacia de estelionato da Polícia Civil do Paraná (PCPR). Cinco deles tentam recuperar o investimento de R$ 12 milhões. 

Uma das pessoas lesadas que falou com o portal Ric Record foi o representante comercial Luis Francisco Nowotarski. O homem diz ser cliente do The Boss desde 2018 e relata ter aplicado R$ 300 mil, que seriam da economia da família.

“Era para ter um aporte de R$ 10 mil. Daí não caiu no na data combinada e daí eu entrei em contato com a com a secretária da empresa. Daí que ela me explicou que a conta de investimento estava com um bloqueio”, revelou a vítima. 

Dell Agnolo desapareceu no dia 7 de setembro. Ele usou um aplicativo de caronas às 23h30 e, de acordo com o boletim de ocorrência, o empresário tinha passado dias em um chalé localizado no município de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. José Dell Agnolo prometeu devolver o dinheiro, mas os clientes acreditam que o “sumiço” foi proposital.

Relação com o Futuree Bank

A reportagem do Balanço Geral Curitiba apurou que o The Boss é braço do Futuree Bank, um banco digital com sede no bairro de Batel, que serve como garantidor de crédito. Os donos da empresa são João Kobayashi e Eduardo Votobra, dois jovens com menos de 30 anos. 

Eduardo é filho de Josué Votobra, um contador do mercado financeiro que atua como captador de clientes para o escritório de Dell Agnolo. De acordo com as vítimas, Votobra usou as boas relações para atrair novos investidores para o escritório que está sendo investigado.

De acordo com documentos da Junta Comercial do Paraná, o banco tem capital social de R$ 1 milhão.  local de funcionamento fica em um prédio comercial no Batel, região nobre de Curitiba, onde, segundo a recepção, o atendimento só é feito mediante agendamento.