A startup brasileira Psyche Aerospare ganhou destaque no cenário mundial do agronegócio ao anunciar o maior drone agrícola do mundo: o Harpia P-71. Com uma proposta inovadora, a empresa prometia transformar a pulverização de lavouras utilizando um drone híbrido, movido a etanol e eletricidade.
Desde o lançamento, o projeto atraiu a atenção de grandes investidores e movimentou mais de R$ 19 milhões em aportes. A tecnologia, idealizada pelo jovem empreendedor Gabriel Leal, de 24 anos, chamava a atenção pela capacidade de transportar até 400 kg de insumos. Dessa forma, a Psyche rapidamente se tornou uma das promessas mais ambiciosas do setor.
No entanto, problemas técnicos e financeiros interromperam o avanço do Harpia P-71. Em agosto de 2025, a empresa demitiu 130 funcionários da sede em São José dos Campos (SP), encerrando temporariamente o desenvolvimento do drone.
Drone agrícola Harpia P-71 entra em pausa estratégica
A Psyche tentou abrir uma nova rodada de investimentos em 2024. Porém, sem sucesso, a empresa optou por congelar o projeto. Em comunicado oficial no LinkedIn, Gabriel Leal explicou que o avanço da divisão de hardware exigiria mais tempo, estrutura e recursos do que a empresa pode oferecer no momento.
Segundo Leal, o drone agrícola Harpia P-71 não foi cancelado, mas está em pausa estratégica. Assim, a Psyche pretende retomá-lo quando as condições financeiras e operacionais forem mais favoráveis.
Futuro dos drones exige planejamento e resiliência
A crise da Psyche levanta um alerta importante. Embora o drone agrícola represente uma inovação promissora, seu desenvolvimento requer planejamento sólido e suporte contínuo. Sem isso, mesmo ideias disruptivas enfrentam obstáculos quase intransponíveis.
Ainda assim, o agronegócio segue em busca de soluções tecnológicas para otimizar a produção e reduzir impactos ambientais. Portanto, o mercado continua atento ao retorno do Harpia P-71 e à recuperação da startup brasileira.