Mira presidência em 26

Eduardo Bolsonaro apoia e diz que trabalha por Tarifaço

Eduardo Bolsonaro defende sanções e tarifaço de Trump como forma de pressionar STF e Congresso. Deputado cogita disputar a Presidência em 2026

À esquerda, o ministro Alexandre de Moraes, do STF; à direita, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). Créditos: Nelson Jr./ SCO/ STF e Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados
À esquerda, o ministro Alexandre de Moraes, do STF; à direita, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL). Créditos: Nelson Jr./ SCO/ STF e Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que atua para ampliar as sanções dos EUA contra autoridades brasileiras. Em entrevista ao O Globo, publicada nesta quarta-feira (6), ele declarou que busca pressionar diretamente o Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo o deputado, a medida pretende acelerar a saída de Moraes e viabilizar a aprovação de uma anistia ampla. O perdão beneficiaria investigados ou condenados por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro.

Mesmo no exterior, Eduardo garante presença política. Ele diz manter contato frequente com aliados de Donald Trump, incluindo o ex-estrategista Steve Bannon. Além disso, afirmou que visita a Casa Branca quase toda semana. Por isso, acredita que o apoio americano pode gerar impacto direto na política brasileira.

Sanções miram Congresso após falta de ação sobre impeachment e anistia

Eduardo criticou duramente o Congresso Nacional. Ele apontou o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, como alvos das futuras sanções. Segundo ele, ambos ignoraram pedidos para pautar o impeachment de Moraes e a anistia a bolsonaristas.

De acordo com o deputado, essa omissão fez com que os dois entrassem no radar das autoridades norte-americanas. “Se eles não reagem, vão sentir as consequências”, afirmou.

Além disso, Eduardo reforçou sua estratégia de tudo ou nada. “Ou tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota”, declarou. Para ele, o confronto político exige comprometimento total, mesmo que isso signifique permanecer em exílio por décadas.

Sanções dos EUA se alinham ao tarifaço de Trump, que Eduardo apoia

Eduardo também saiu em defesa do tarifaço de 50% anunciado por Donald Trump sobre produtos brasileiros. A medida, que entra em vigor nesta quarta, provocou críticas no agronegócio. Mesmo assim, o deputado classificou a ação como um “sacrifício necessário”.

Ele argumentou que a tarifa tem natureza política e serve para chamar atenção internacional ao que considera uma “ditadura de toga”. “Dou graças a Deus que Trump voltou seus olhos ao Brasil”, afirmou. Segundo Eduardo, o custo econômico justifica o possível ganho político.

Sanções dos EUA não impedem Eduardo de mirar 2026

Apesar de viver nos Estados Unidos, Eduardo Bolsonaro garantiu que não pretende renunciar ao cargo. Ele disse que planeja enviar um ofício à Câmara justificando sua ausência com base em perseguição política.

Além disso, ele não descartou disputar a Presidência da República em 2026. Para isso, Eduardo espera contar com o apoio do pai, Jair Bolsonaro, e recuperar o que chama de “normalidade democrática” no país.

Mesmo distante fisicamente, ele assegura que permanece engajado. Segundo suas palavras, sua atuação visa garantir mudanças estruturais no Judiciário e no sistema político brasileiro.