
O fim de 2025 traz sinais preocupantes para o Palácio do Planalto. Portanto, a mais recente levantamento do instituto Paraná Pesquisas, mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tecnicamente empatado com diferentes adversários.
Contra Tarcísio de Freitas, Lula marca 44% das intenções de voto antes 42,5% do governador paulista. Além disso, os números revelam um cenário eleitoral aberto.
A apenas 10 meses das eleições de 2026, Lula enfrenta um paradoxo político. Ele mantém competitividade em todos os cenários testados. Contudo, não consegue transformar a força do cargo em vantagem confortável. Consequentemente, analistas apontam um piso eleitoral sólido combinado com teto restrito.
Empates técnicos dominam cenários
No confronto com Flávio Bolsonaro, Lula soma 44,1% enquanto o senador aparece com 41%. Além disso, diante de Michelle Bolsonaro, o petista registra 44,8% contra 41,4% da ex-primeira-dama. Em todos os casos, as diferenças ficam dentro da margem de erro.
Os dados sugerem algo relevante para 2026. Portanto, Lula mantém base fiel capaz de levá-lo ao segundo turno. Contudo, enfrenta dificuldade para expandir esse apoio. Além disso, mesmo com visibilidade do cargo, não transforma incumbência em vantagem decisiva.
O lado conservador apresenta aspecto interessante. Assim, a competitividade se mantém independentemente de quem represente o bolsonarismo. As curvas históricas mostram tendência de redução da vantagem do presidente nos últimos meses. Portanto, a distância entre Lula e seus adversários vem diminuindo.
Em novembro, Flávio aparecia com 38,6% das intenções de voto contra 45,4% de Lula. Agora, a diferença caiu para apenas três pontos. Consequentemente, o senador ganhou força após ser ungido pelo pai como candidato oficial.
Mercado reage à carta de Bolsonaro
A sucessão bolsonarista ganhou novo capítulo recentemente. Portanto, Jair Bolsonaro reafirmou apoio à candidatura do filho Flávio em carta pública. Além disso, a sinalização provocou reação negativa no mercado financeiro. A movimentação reacendeu volatilidade nos ativos domésticos.
Investidores demonstram cautela com a possível candidatura de Flávio. Contudo, os números mostram que o senador mantém competitividade eleitoral. Além disso, pesquisas indicam que diferentes nomes da direita empatam com Lula tecnicamente.
Entre os possíveis adversários, Tarcísio de Freitas aparece como mais competitivo. O governador de São Paulo é o nome mais competitivo contra Lula em disputa de segundo turno. Além disso, ele apresenta menor rejeição entre os candidatos da direita.
Tarcísio tem 47% de rejeição, seguido por Lula com 54% e Flávio Bolsonaro com 60%. Consequentemente, o governador paulista representa ameaça mais consistente ao petista. Contudo, Bolsonaro insiste na candidatura do filho.
Primeiro turno mostra vantagem de Lula
Nas simulações de primeiro turno, Lula mantém a liderança mais confortável. Com Flávio como adversário principal, Lula soma 37,6% contra 27,8% do senador. Além disso, contra Tarcísio, o presidente marca 37,8% enquanto o governador registra 26,2%.
Ratinho Jr. aparece em terceiro lugar nos cenários testados. O governador do Paraná soma 9% das intenções de voto. Contudo, a distância para o segundo colocado permanece significativa. Além disso, outros nomes da direita não alcançam dois dígitos.
A pesquisa indica eleição de 2026 altamente sensível a variáveis. Portanto, conjuntura econômica terá peso decisivo nos próximos meses. Além disso, humor do eleitorado pode mudar rapidamente. Consequentemente, habilidade de ampliar alianças será crucial.
Para o mercado político, a leitura predominante mostra equilíbrio instável. Assim, Lula não aparece fragilizado a ponto de perder centralidade. Contudo, também não demonstra força para transformar reeleição em caminho previsível.
Piso preservado, teto em disputa
Os dados finais de 2025 confirmam tendência importante. Portanto, Lula tem piso eleitoral preservado entre 37% e 44%. Contudo, o teto segue disputado e limitado. Além disso, a eleição permanece tecnicamente aberta.
Nos próximos meses, fatores externos ganharão relevância. Assim, economia, reformas e comunicação política definirão rumos da disputa. Além disso, escolha final da oposição sobre candidato único será determinante.
A corrida eleitoral de 2026 promete ser acirrada até o fim. Portanto, o empate técnico exposto na pesquisa sinaliza campanha longa e imprevisível. Além disso, qualquer erro de cálculo pode custar caro aos candidatos.