A Embraer (EMBR3) recebeu um pedido firme de seis aeronaves de ataque leve e treinamento avançado A-29 Super Tucano para um cliente não revelado, como anunciou a empresa em comunicado nesta segunda-feira (30). Esse pedido será incluído na carteira de encomendas do 4T24 e as entregas devem ocorrer em 2026.
As aeronaves serão equipadas com capacidades aprimoradas para realizar missões como interdição aérea, apoio aéreo tático, patrulha marítima, ataque marítimo e outras operações de defesa territorial.
“É com grande satisfação que anunciamos novas vendas do A-29 Super Tucano, pois consideramos que essa aeronave é ideal para muitos países no mundo todo”, disse Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, em nota da companhia.
“O A-29 é líder mundial em sua categoria porque é uma aeronave extremamente avançada, confiável e com experiência comprovada”, acrescentou.
A aeronave multimissão A-29 Super Tucano é ideal para missões como reconhecimento armado, apoio aéreo tático, ataque leve e missões de treinamento avançado em uma única plataforma. A aeronave tem capacidade de operar em pistas não pavimentadas em ambientes austeros.
O A-29 Super Tucano tem mais de 290 unidades encomendadas e 570 mil horas de voo, sendo 60 mil delas em combate, afirma a companhia. Em 2024, a Embraer anunciou novas vendas do Super Tucano para a Força Aérea Portuguesa (A-29N), Força Aérea Uruguaia e Força Aérea Paraguaia.
Varig fecha acordo para quitar R$ 575 milhões em dívidas
A extinta companhia aérea Varig fechou, na quinta-feira (26), um acordo com a AGU (Advocacia-Geral da União) para quitar R$ 575 milhões em dívidas com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de ex-funcionários, segundo informações da “Exame”. O acordo vai beneficiar 15 mil trabalhadores com valores pagos à vista.
A quitação foi possibilitada por um acordo fechado em março, que definiu que a União vai pagar R$ 4,7 bilhões à massa falida da companhia, como indenização por prejuízos gerados pela política tarifária do Plano Cruzado, entre 1985 e 1992, quando os preços das passagens aéreas foram congelados.
A negociação para o acordo de R$ 4,7 bilhões, iniciada em maio de 2021, teve três anos de duração, sob condução da CCAF/AGU (Câmara de Mediação e Conciliação da Administração Pública Federal da AGU). O processo foi requerido pela administradora da massa falida da Varig.
Os precatórios judiciais da indenização já foram expedidos pela Justiça Federal do Distrito Federal e têm pagamento previsto para 2025.
A Varig começou seu processo de recuperação judicial em junho de 2005, já com uma dívida de R$ 5,7 bilhões. Em 2006, foram demitidos 5 mil funcionários da companhia em um só dia, com uma redução significativa da frota. Nesse mesmo ano, a empresa começou a operar com apenas sete destinos e dez aviões.
Durante o processo, a companhia se dividiu entre a “nova Varig”, comprada pela Volo Brasil e vendida posteriormente para a Gol em 2007; e a “antiga Varig”, que ficou com as dívidas.
A empresa tentou, ainda, lançar a companhia aérea Flex para ajudar na recuperação, mas o empreendimento também não teve sucesso e a Varig decretou falência em 20 de agosto de 2010.