
A Enel informou neste domingo (14) que restabeleceu o fornecimento de energia para 99% dos clientes afetados pelo apagão iniciado na última quarta-feira (10). Ainda assim, segundo a própria concessionária, cerca de 150 mil imóveis permaneciam sem luz na manhã deste domingo, prazo final anunciado pela empresa para a normalização do serviço.
O apagão ocorreu após a passagem de um ciclone extratropical por São Paulo, que provocou ventos de até 100 km/h entre os dias 10 e 11 de dezembro. Como resultado, no pico da crise, aproximadamente 2,2 milhões de clientes ficaram sem eletricidade, em mais um episódio crítico envolvendo a operação da concessionária italiana.
De acordo com a Enel, algumas áreas apresentam maior dificuldade para o restabelecimento total. Nessas regiões, as equipes precisam reconstruir trechos inteiros da rede elétrica.
Além disso, os trabalhos exigem a substituição de postes e transformadores. Em situações mais graves, a empresa também precisa reinstalar cabos por quilômetros de extensão, o que amplia o tempo necessário para concluir os reparos.
Falta de luz gera prejuízos e afeta abastecimento
Além da interrupção no fornecimento de energia, muitos moradores enfrentaram falta de água, já que bombas elétricas deixaram de funcionar. Como consequência, os transtornos se ampliaram ao longo dos quatro dias de crise.
Um morador afirmou ter perdido todos os alimentos armazenados na geladeira, com prejuízo estimado em R$ 900. Relatos semelhantes se multiplicaram nas redes sociais, reforçando a insatisfação da população afetada.
Diante do cenário, o episódio reacende os questionamentos sobre a capacidade operacional da Enel. Além disso, especialistas e autoridades voltam a discutir se a empresa está preparada para responder a eventos climáticos extremos, que se tornam cada vez mais frequentes na região metropolitana de São Paulo.