A geração de energia eólica instantânea bateu um novo recorde em 2024, o segundo do ano, conforme registro do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
O submercado Nordeste registrou 19.083 megawatts (MW) na sexta-feira (1º), às 05h48. Esse número corresponde a 180,4% de toda a demanda de energia da região brasileira – naquele momento – segundo o ONS.
“O montante seria suficiente para, naquele minuto, abastecer todo o Nordeste e ainda atender à demanda dos estados do Rio de Janeiro e Goiás”, disse o ONS, em comunicado.
O último recorde de geração de energia eólica instantânea do Nordeste foi de 19.028 MW, correspondente a 152,8% da demanda do submercado no momento da apuração (23 de julho, às 21h09).
A “temporada dos ventos” ocorre justamente entre os meses de julho a setembro, de acordo com o ONS, o que eleva a possibilidade de registro de novos recordes nas próximas semanas.
Energia renovável se torna “fonte de ouro” dos países emergentes
Apesar de estarem fora do ciclo das nações vistas como desenvolvidas, quando se trata de energia renovável, o domínio é dos países emergentes.
Especificamente a China, o Brasil e a Índia, respectivamente, despontaram como os maiores produtores de energia solar e eólica do mundo em 2023.
Os dados do Think Tank Ember mostram que a produção brasileira de energia renovável superou todos os países do G20, com 89%, considerando os segmentos de energia eólica, solar, hidráulica e bioenergia.
Ao mesmo tempo, na produção específica de energia eólica e solar, a China veio na frente, com o Brasil e a Índia logo atrás.
Mas, vendo além do imaginário ideal de iniciativas ESG, essa área representa uma nova frente de negócios, onde os países emergentes buscam ser mais competitivos, oferecendo mais oportunidades de mercado e visando os potenciais retornos atraentes.