Quando o Ibovespa caiu 1,16%, na quarta-feira (28), investidores estrangeiros sacaram R$ 482,3 milhões em recursos no segmento secundários da B3 (ações licitadas). Com o movimento, a categoria passou a te rum déficit de R$ 9,95 bilhões em fevereiro, para o ano o déficit foi de R$ 17,85 bilhões.
Contudo, os investidores individuais realizaram aportes que totalizaram R$ 468,4 milhões no mesmo dia, gerando um superávit, para o grupo, de R$ 3,41 bilhões e, de acordo com o “Valor Econômico”, um superávit em 2024 de R$ 7,45 bilhões.
Por outro lado, o investidor institucional sacou R$ 627,4 milhões na quarta-feira. A transação levou o superávit mensal para R$ 1,82 bilhões, o anual somou R$ 1,26 bilhão.
Estrangeiros aumentam participação em aquisições no Brasil
No ano passado, houve um aumento na participação do investimento estrangeiro nas operações de fusões e aquisições (M&A), atingindo o seu nível mais alto em pelo menos sete anos.
Durante 2023, as transações “cross border” (com compradores estrangeiros) representaram 50,1% das 371 operações realizadas, de acordo com um levantamento conduzido pela Seneca Evercore, a pedido do Valor. No período da segunda metade do ano, essa parcela subiu para 54,5% – de um total de 156 operações -, marcando a maior proporção semestral desde 2016. O estudo também revela que, desde 2014, houve 5.061 transações de M&A no Brasil, com 47% delas envolvendo compradores estrangeiros.
O aumento significativo na presença de compradores internacionais reflete uma melhoria na percepção de risco em relação ao Brasil, especialmente em comparação com outros mercados emergentes. Esse cenário tem impulsionado um maior número de negócios durante as primeiras semanas deste ano, de acordo com banqueiros de investimento.
A tendência de maior participação estrangeira nas transações de M&A deve persistir em 2024, embora seja esperado que os investidores brasileiros também se tornem mais ativos, impulsionados por um mercado de capitais mais dinâmico e pelo retorno das ofertas públicas iniciais (IPOs).