O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) aprovou a distribuição de R$ 12,929 bilhões de lucro aos cotistas, beneficiando 134 milhões de trabalhadores do país.
A deliberação ocorreu em reunião ordinária na tarde desta quinta-feira (24). O montante de 2025 é equivalente a 95% do lucro do ano passado, que totalizou R$ 13,6 bilhões. O voto condutor foi do Ministério do Trabalho e Emprego.
Ao todo, 235 milhões de contas abertas até dezembro do ano passado vão receber os recursos – um trabalhador pode mais de uma conta. A divisão é proporcional ao saldo que o trabalhador possui em conta. Os valores devem ser disponibilizados nas contas até o fim do mês de julho.
No ano passado, a distribuição do lucro foi de R$ 15,2 bilhões, equivalente a 65% do lucro de 2023, quando registrou R$ 23,4 bilhões.
Com essa distribuição, a rentabilidade das contas vinculadas será de 6,05%, maior do que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrado no período. No ano passado, o STF (Supremo Tribunal Federal) estabeleceu que a rentabilidade do fundo não poderia ser inferior à inflação.
Maior patamar de arrecadação
Neste ano, o FGTS registrou sua maior arrecadação da história, segundo apresentação realizada pela Caixa Econômica Federal. As demonstrações financeiras do fundo também foram aprovadas nesta quinta.
As receitas totalizaram R$ 192 bilhões, alta de 9% em relação a 2023, quando foi anotado o montante de R$ 175,4 bilhões de arrecadação. Segundo o banco público, isso aconteceu devido ao maior número de trabalhadores formais além do aumento dos salários.
Os saques também cresceram: R$ 163,3 bilhões, alta de 15% em relação à 2023. Nesse caso, o principal fator, segundo a Caixa, foi a crise climática no Rio Grande do Sul.