Sinal vermelho

Governo Central tem déficit de R$ 15,5 bi em agosto, diz Tesouro

No mês, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 15,564 bilhões, segundo a divulgação do Tesouro Nacional

Congresso Nacional (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Congresso Nacional (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

As contas do Governo Central anotaram um déficit primário no mês de agosto. No mês, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 15,564 bilhões, segundo a divulgação do Tesouro Nacional. O resultado sucedeu o déficit de R$ 59,124 bilhões no mês de julho.

O saldo em agosto – que reúne as contas do Banco Central, Previdência Social e do Tesouro Nacional – registrou o melhor desempenho em termos reais referente ao mês desde 2021, na série histórica iniciada em 1997. Em agosto do ano passado, o resultado também havia sido negativo, apontando R$ 22,162 bilhões, em valores nominais. 

No acumulado do ano até o mês de agosto, o Governo Central registrou déficit de R$ 86,068 bilhões. Em comparação ao ano passado, o saldo também era negativo, R$ 98,402 bilhões, em termos nominais.

Em agosto, as receitas totais registraram uma alta real de 7,1% em relação ao mesmo período de 2024. No acumulado, houve alta real de 3,9%. As despesas, porém, tiveram alta de 5,3% em agosto, já descontando a inflação, em comparação a agosto do ano passado. No acumulado do ano, a despesa total apresentou alta real de 2,4%.

Em 12 meses até agosto, o Governo Central apresenta um déficit equivalente a 0,25% do PIB, ou R$ 26,6 bilhões em valores nominais. Desde janeiro do ano passado, o Tesouro Nacional passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos.

Em um ano até agosto, as despesas obrigatórias somaram 17,29% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias alcançaram 1,41% em relação ao PIB no mesmo período.

Para 2025, o governo federal planeja atingir um resultado primário neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 p.p (ponto percentual) para mais ou para menos, conforme estabelecido no arcabouço fiscal. O limite seria um déficit de até R$ 31 bilhões, com a margem de despesas para 2025 fixa em R$ 2,249 trilhões neste ano.