
O governo federal aumentou a cobrança do imposto de importação sobre veículos eletrificados, como parte de um cronograma aprovado em 2023 pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex).
A resolução determina que, desde janeiro de 2024, carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in importados passem a ser gradualmente tributados. O aumento será elevado até 2026, com o objetivo de incentivar a produção nacional de veículos menos poluentes.
As alíquotas para os veículos totalmente elétricos são:
- 10% desde janeiro de 2024
- 18% a partir de julho de 2024
- 25% em julho de 2025
- 35% em julho de 2026
Para híbridos plug-in, os percentuais ficam:
- 12% em janeiro de 2024
- 20% em julho de 2024
- 28% em julho de 2025
- 35% em julho de 2026
No caso dos carros híbridos, as alíquotas seguem o seguinte cronograma:
- 15% em janeiro de 2024
- 25% em julho de 2024
- 30% em julho de 2025
- 35% em julho de 2026
Cotas com isenção até 2026
Apesar da tributação, as montadoras poderão seguir importando veículos com isenção do imposto, dentro de cotas anuais de valor, válidas até 30 de junho de 2026.
Há mais de um ano, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) pressiona o Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Serviços (MDIC) para antecipar o aumento das tarifas. O setor alega que a isenção prolongada favorece importações em detrimento da produção nacional.
Carro popular produzido no Brasil pode ficar mais barato
Na próxima semana, o governo anunciará a aguardada regulamentação do IPI Verde, novo sistema de tributação dos carros que recompensará, com imposto menor, veículos mais limpos, punindo os mais poluidores.
A novidade é que, junto com o IPI Verde, será criado outro programa, chamado Carro Sustentável, que reduzirá o IPI de automóveis mais baratos desde que atendam a determinados e sejam produzidos no país.
Apoiado nas cláusulas do programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação), de incentivos para a indústria automobilística, o Carro Sustentável terá, como critérios: potência, eficiência energética, combustível e reciclabilidade, além da exigência de ser produzido no país.
Isso significa que nenhum modelo 100% elétrico será beneficiado, já que todos são importados.
Segundo fontes a par do assunto, a ideia inicial é beneficiar veículos 1.0 flex – que podem ser abastecidos tanto com gasolina quanto com etanol – e com potência inferior a 90 cavalos. Esses critérios abrangem os automóveis mais simples de marcas como Fiat, Volkswagen, Hyundai e General Motors. Excluem os modelos 1.0 turbo.
Segundo as fontes, o IPI reduzir vai vigorar até o fim de 2026. A definição das novas alíquotas do imposto para o Carro Sustentável está em fase final e, em princípio, será bastante abrangente. O incentivo valerá tanto para pessoa física como jurídica, o que inclui frotistas e locadoras.