O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), anunciaram nesta segunda-feira (25) uma nova rodada de crédito para a modernização industrial brasileira.
A iniciativa faz parte do programa NIB (Nova Indústria Brasil) que visa ampliar o alcance da indústria brasileira à tecnologia de ponta. O objetivo do governo é dar insumos aos empresários para investirem em inovação, automatização e digitalização nas cadeias produtivas.
Até junho desde ano, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já havia aprovado cerca de R$ 220 bilhões em financiamentos na NIB. Ao todo, serão R$ 300 bilhões destinados a operações nos eixos de inovação e digitalização, exportação, verde e produtividade.
A nova linha de crédito chega em momento decisivo para o governo, tendo em vista a expansão comercial que o Executivo tenta fazer no exterior por conta do tarifaço do presidente americano, Donald Trump, que afetou diretamente vários setores do Brasil.
Na semana passada, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, detalhou como funcionarão as linhas de crédito para os setores afetados e anunciou mais R$ 10 bilhões para socorrer todos os setores com alíquotas diferenciadas. Ao todo, o banco e seus parceiros vão operar R$ 40 bilhões em crédito para micro, médias e grandes empresas.
Vale-gás: Governo reserva R$ 5 bilhões no Orçamento de 2026
O governo federal vai destinar R$ 5 bilhões no PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026 para financiar o novo modelo de vale-gás. O benefício substituirá o Auxílio Gás, criado em 2021, e ampliará o atendimento a famílias de baixa renda em todo o Brasil.
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Mesmo sem todos os detalhes definidos, a equipe econômica assegurou que a verba necessária estará integralmente garantida no orçamento. Dessa forma, o montante representa aumento de 39% em relação aos R$ 3,6 bilhões reservados neste ano. O Executivo pretende oficializar a proposta por MP (Medida Provisória), cujo envio ao Congresso deve ocorrer em setembro.
Na sexta-feira (22), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já aprovou a criação do programa. Ainda sem nome definido, ele poderá se chamar “Gás para Todos” ou “Gás do Povo”. Assim, até 17 milhões de famílias passarão a receber o benefício, alcançando quase 50 milhões de pessoas em todo o país.
Vale-gás ampliará número de famílias contempladas
Hoje, o Auxílio Gás atende 5,13 milhões de famílias com pagamentos bimestrais de R$ 108, valor calculado a partir do preço médio nacional do botijão de 13 kg, segundo a ANP. Entretanto, o novo vale-gás vai permitir a retirada gratuita do botijão em pontos de revenda credenciados.
Além disso, o governo fixará valores regionalizados, chamados de Preço de Referência, para garantir equilíbrio entre os estados. Caso a venda ocorra por valor abaixo do teto, a diferença será revertida em crédito para o beneficiário. Portanto, o desenho assegura que o recurso público seja usado apenas para a compra do gás de cozinha.
Vale-gás começará ainda em 2025
O governo pretende iniciar a execução do programa ainda em 2025, antes da entrada em vigor do orçamento de 2026. Com isso, milhões de famílias terão acesso imediato ao novo benefício.
O cronograma seguirá integrado ao calendário do Bolsa Família, o que facilitará a logística e reduzirá custos operacionais. Em agosto, o Ministério do Desenvolvimento Social destinou R$ 554,37 milhões ao Auxílio Gás. No entanto, o novo modelo promete maior alcance social e mais eficiência na aplicação dos recursos públicos.
