Contas públicas

Governo tem déficit de 31,7 bilhões em fevereiro

As contas do governo central incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social

Fonte: Agência senado
Fonte: Agência senado

O governo central teve déficit de R$31,7 bilhões em fevereiro de 2025, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (27). As receitas foram menores que as despesas e mesmo com o resultado negativo, a marca foi a melhor para o mês de fevereiro nos últimos três anos.

Em fevereiro de 2024, o saldo negativo foi de R$58,3 bilhões, os números de fevereiro deste ano ficaram abaixo das expectativas do mercado, que previam déficit de R$37,7 bilhões. A previdência social foi responsável por empurrar o indicador para baixo com prejuízo de R$22,9 bilhões. O Tesouro Nacional e o BC (Banco Central) tiveram baixas de R$8,7 bilhões.

As contas do governo central incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social.

Mesmo com o resultado negativo em fevereiro, o acumulado dos dois primeiros meses do ano mostra um cenário mais positivo. Entre janeiro e fevereiro de 2025, o governo federal conseguiu arrecadar mais do que gastou, fechando o período com um superávit primário de R$53,2 bilhões.

Governo tem balanço positivo

O bimestre também registrou a maior alta desde 2022, quando atingiu superávit de R$66,33 bilhões. No mesmo período do ano passado o crescimento foi de apenas R$22,1 bilhões. Um dos motivos para a melhora foi a redução de pagamento dos precatórios, possibilitando um acúmulo de R$30,8 bilhões aos cofres públicos.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse que o retrato das contas no início de 2025 reflete a execução um pouco mais lenta das despesas, ao mesmo tempo em que a arrecadação segue crescendo.

Segundo Ceron, a próxima avaliação de receitas e despesas deve ser feita em 22 de maio, seguindo o cronograma habitual. A primeira deveria ter ocorrido em 21 de março, mas não foi feita porque o Orçamento ainda não foi sancionado.

A meta de resultado primário para 2025 é déficit zero, com margem de tolerância máxima de R$31 bilhões, equivalente a 0,25 p.p (ponto percentual) do PIB (Produto Interno Bruto).