O Grupo SBF, dono da Centauro e da Nike no Brasil pela Fisia, acelerou suas vendas no segundo trimestre de 2025. A empresa registrou crescimento de 6,1% na receita, alcançando R$ 1,8 bilhão.
Porém, o dólar mais caro e os investimentos em lojas e equipe comercial reduziram a margem EBITDA para 9,2%. Consequentemente, o EBITDA caiu 5%, totalizando R$ 167 milhões.
Apesar disso, o lucro líquido avançou 19,1%, atingindo R$ 87,2 milhões. Esse resultado positivo veio principalmente dos incentivos fiscais de ICMS, após a transferência da distribuição das lojas físicas da Nike para o centro próprio em Extrema (MG).
Centauro reforça equipe e melhora experiência para impulsionar vendas
Na Centauro, o foco está em melhorar o atendimento e ampliar o sortimento de produtos. Por isso, a empresa contratou, em média, quatro funcionários por loja. Além disso, reorganizou a equipe comercial, criando cinco diretorias para categorias-chave como vestuário, calçados e futebol.
Essas ações aumentaram as despesas com pessoal. No entanto, o CEO Gustavo Furtado acredita que essas iniciativas vão gerar vendas maiores nos próximos trimestres. A receita da Centauro cresceu 9,4%, atingindo R$ 940,7 milhões. As vendas nas mesmas lojas subiram 10,6%, enquanto o canal digital avançou 17,8%, alcançando R$ 227 milhões.
Nike no Brasil recupera receita e prepara operação para a Copa do Mundo de 2026
A Nike, por meio da Fisia, recuperou a receita após queda no primeiro trimestre. A receita aumentou 5,6%, para R$ 1 bilhão, com crescimento de 8,2% nas lojas físicas e 4,4% no atacado. Para manter os preços competitivos, a empresa segurou o repasse do aumento do dólar.
Além disso, a centralização da logística em Extrema trouxe incentivos fiscais que compensaram parte dos custos elevados. A Nike também aposta nas categorias corrida e futebol para ampliar a participação de mercado.
Neste trimestre, a empresa lançou um novo modelo premium da linha Vomero, que obteve boa aceitação. Além disso, renovou o contrato de patrocínio com o Corinthians por mais dez anos e reforçou a equipe para prospectar novas parcerias.
Gustavo Furtado destaca que o grupo quer aproveitar o impacto positivo da Copa do Mundo de 2026. “Historicamente, ganhamos notoriedade nesse período. Por isso, estamos ajustando a operação para capitalizar essa oportunidade”, afirma.