O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que o tarifaço “vai machucar um pouco”, mas enfatizou que o Brasil consegue reagir rapidamente. Ele participou do programa UOL News, explicou medidas do governo e detalhou estratégias que protegem exportadores. Além disso, Haddad destacou que o país age de forma proativa e reativa, buscando soluções no comércio e abrindo diálogos com autoridades americanas.
Segundo o ministro, empresas que exportam mais de 50% da produção para os Estados Unidos sentirão o impacto. Em abril, Donald Trump impôs 10% de tarifa sobre todos os produtos brasileiros; recentemente, adicionou 40% sobre itens estratégicos, como carne e café. Mesmo assim, Haddad reforçou que o Brasil mantém diálogo direto e construtivo, além de mobilizar o empresariado para buscar novos mercados e alternativas.
Impacto do tarifaço EUA nas exportações brasileiras
Haddad explicou que o país consegue enfrentar o aumento de tarifas sem comprometer o crescimento. De fato, ele citou dados históricos: no primeiro mandato de Lula, as exportações para os EUA representavam 25% do total; hoje caíram para 12%. Além disso, o ministro ressaltou que o empresariado está altamente engajado, buscando mercados alternativos para minimizar perdas.
Por outro lado, Haddad apontou que o tarifaço EUA eleva o preço da carne para consumidores americanos, mas não reduz a demanda. Portanto, ele reforçou que o governo atua ativamente para contestar argumentos americanos, questionando o déficit histórico dos EUA frente ao Brasil.
Negociação e defesa comercial
Haddad afirmou que as negociações com os EUA concentram-se exclusivamente no comércio. Por isso, o Brasil contratou escritórios de advocacia no exterior para defender empresas exportadoras e preservar interesses nacionais.
Além disso, ele destacou que muitas empresas brasileiras já atuam de forma independente na defesa de seus contratos.
Haddad fala sobre reforma tributária e impostos
O ministro defendeu a cobrança de 10% de imposto de renda para quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano e destacou que essa medida promove justiça fiscal. Além disso, Haddad enfatizou que o governo avança em reforma tributária sobre consumo, que reduz impostos para trabalhadores, preserva arrecadação e amplia isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Ele acrescentou que compensações fiscais para altas rendas mantêm equilíbrio orçamentário e fortalecem investimentos.
Por fim, Haddad concluiu que a opinião pública apoia o projeto e que o Brasil está pronto para enfrentar o tarifaço EUA sem comprometer investimentos, crescimento ou produtividade.