Resposta as fake news

Haddad anuncia monitoramento de fintechs intensificado pela Receita

Segundo Haddad, fintechs terão de compartilhar dados de clientes, fechando brechas usadas por criminosos e fortalecendo a fiscalização

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, concedeu entrevista à Record na noite de terça-feira (24) (Foto: reprodução/Youtube Record)
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, concedeu entrevista à Record (Foto: reprodução/Youtube Record)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quinta-feira (28) que o governo vai intensificar o monitoramento das fintechs. Essas empresas, que oferecem serviços financeiros de forma rápida e tecnológica, terão de enviar informações detalhadas à Receita Federal.

Além disso, Haddad explicou que o governo já planejava essa fiscalização desde o início do ano. Contudo, fake news sobre a suposta taxação do PIX provocaram confusão e fizeram a equipe econômica recuar temporariamente.

Com a retomada do monitoramento, o governo pretende fechar lacunas que o crime organizado explorava. Haddad destacou que a fiscalização conjunta da Receita e da Polícia Federal permitirá identificar esquemas sofisticados de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

Fake news atrasaram monitoramento de fintechs, explica Receita

A subsecretária de fiscalização da Receita Federal, Andrea Costa Chaves, afirmou que, até agora, as fintechs não precisavam repassar dados de clientes ao Fisco. No entanto, a onda de fake news sobre o PIX fez o governo adiar a fiscalização.

Além disso, mais de 200 fintechs continuaram sem obrigação de enviar informações financeiras à Receita Federal. Como resultado, criminosos aproveitaram esse espaço. Haddad ressaltou que R$ 52 bilhões movimentados por organizações como o PCC passaram por fintechs nos últimos quatro anos.

Fintechs cumprirão mesmas regras de bancos

A partir desta sexta-feira (29), a Receita enquadrará fintechs como instituições financeiras. Portanto, elas terão de cumprir rigorosamente as mesmas obrigações que os bancos tradicionais, enviando dados completos sobre movimentação financeira.

Além disso, Haddad detalhou que a mudança ocorrerá por meio de instrução normativa da Receita Federal. Com isso, a fiscalização ficará mais ágil e eficiente, permitindo identificar rapidamente esquemas de lavagem de dinheiro e fortalecendo a segurança do sistema financeiro brasileiro.