Megaoperação

Haddad detalha operação contra crime organizado e ‘refinaria’ de R$ 52 bi

Operação desmantela esquema bilionário do PCC, bloqueia bens e expõe fraude sofisticada no setor de combustíveis em todo o Brasil.

Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
Fernando Haddad (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O ministro Fernando Haddad elogia a coordenação nacional da operação contra o PCC e destaca o papel do ministro da Justiça, Bernandozzi, e da Receita Federal. Sendo assim, a ação integrou investigação, fiscalização e cooperação entre órgãos federais e estaduais.

“O crime se sofistica, e o Estado precisa sofisticar sua resposta”, reforça Haddad.

A operação contra o PCC ocorre simultaneamente em dez estados, mobilizando mais de mil profissionais de diferentes forças de segurança. Haddad acrescenta que a complexidade do esquema bilionário exigia inteligência fiscal e investigação detalhada.

“Sem a ação coordenada, seria impossível rastrear os recursos do crime organizado”, completa o ministro.

Além disso, segundo o ministro, a operação atingiu diretamente o alto escalão do crime organizado. As autoridades identificaram e bloquearam mais de mil postos de gasolina, quatro refinarias e mais de mil caminhões usados no transporte de combustível adulterado. O esquema contava com múltiplas camadas financeiras, dificultando a investigação.

Operação contra o PCC revela sofisticação financeira e logística do crime

Haddad detalha que o crime organizado utilizava fundos fechados e mecanismos financeiros complexos, semelhantes aos de grandes investidores. Assim, a Receita Federal e a Polícia Federal rastrearam e abriram essas camadas, bloqueando R$ 52 bilhões em movimentações.

Além disso, a operação contra o PCC bloqueou mais de 100 imóveis e diversos veículos ligados ao esquema. Haddad enfatiza que prender indivíduos sem atingir o patrimônio não resolve. “Nossa meta é destruir a fonte de recursos do crime organizado”, explica ele.

Portanto, a operação também protege consumidores e garante concorrência leal no setor de combustíveis. Haddad observa que o combate organizado ao crime protege empresários honestos e evita distorções econômicas prejudiciais à economia brasileira.

Coordenação nacional cria modelo para futuras ações

“Haddad afirma que equipes começaram a planejar a operação em 2023, dedicando-se exclusivamente à fraude estruturada. Ele reforça que essa ação representa uma nova forma de atuar contra o crime organizado, integrando órgãos federais, estaduais e ministérios públicos.

“Estamos inaugurando um modelo que une investigação precisa e fiscalização rigorosa, fortalece instituições e dá esperança ao povo brasileiro”, conclui Haddad. A operação contra o PCC mostra a capacidade do Estado de enfrentar grandes esquemas criminosos de forma coordenada e efetiva.