Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta segunda-feira (8) que o governo federal tenha definido um aporte de R$ 6 bilhões aos Correios. Segundo ele, qualquer valor destinado à estatal deve ficar abaixo do montante especulado.

“Não é uma coisa que está decidida”, afirmou Haddad ao responder sobre a possibilidade de socorro ainda em 2025. Além disso, o ministro reforçou que qualquer apoio financeiro dependerá de um plano amplo de reestruturação. “Os Correios precisam mudar, precisam ser reestruturados”, destacou.

A estatal enfrenta uma situação crítica, o prejuízo acumulado chegou a R$ 6,05 bilhões até setembro deste ano. Para aliviar o caixa, os Correios tentam captar um empréstimo de R$ 20 bilhões no mercado financeiro. No entanto, as negociações ainda esbarram em entraves.

A última proposta dos bancos trouxe juros de 136% do CDI. O Tesouro Nacional considerou o percentual elevado e definiu como limite 120% do CDI para conceder aval à operação. Com a recusa, as partes iniciaram uma nova rodada de conversas.

Haddad também sinalizou que o governo pode enviar um Projeto de Lei de Crédito Suplementar (PLN) ao Congresso para viabilizar parte do aporte em 2025. Mesmo assim, ele reforçou que a decisão final dependerá do avanço das negociações e das mudanças internas na companhia.