Superior ao pré-pandemia

IBGE: Setor de serviços cresceu 3,1% em 2024, nova alta anual

O resultado ficou dentro da estimativa de especialistas que projetavam um ganho de 3% a 3,5%.

Fonte: Jose Paulo Lacerda/CNI
Fonte: Jose Paulo Lacerda/CNI

O setor de serviços viu sua expansão pelo quarto ano seguido.  A PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (12) revelou crescimento de 3,1% em 2024.

 Apesar da série de altas, dezembro marcou um recuo de 0,5%, o resultado também foi observado em novembro que apresentou retração de 1,4%, como apurou o “Valor Econômico”.

O resultado ficou dentro da estimativa de especialistas ouvidos pela que projetavam um ganho de 3% a 3,5%. O resultado é o maior para um intervalo de doze meses desde novembro de 2023. Em dezembro de 2023, o indicador apresentou alta de 2,4%

Superior ao pré-pandemia

O desempenho de dezembro marcou uma alta de 15,6% superior ao pré- pandemia, em fevereiro de 2020. O IBGE informou que a receita de serviços também cresceu entre dezembro de 2023 e 2024.

A receita nominal regrediu 0,8% na passagem de novembro para dezembro no ano passado. Esse recuou não afetou a alta anual do indicador que fechou com avanço de 7,5%. Os serviços prestados a família valorizaram 4,4% enquanto o segmento de outros serviços subiu 1,1%.

Em 2024, os segmentos que dividiram a liderança com taxas mais intensas de crescimento foram serviços de informação e comunicação e serviços profissionais, administrativos e complementares. As altas foram de 6,2%.

Serviços devem desacelerar em 2025 e mudar composição

Mesmo com a queda no volume de serviços prestados no Brasil em novembro, em relação a outubro, os serviços prestados às famílias seguem robustos. Por outro lado, em 2025, espera-se que essas atividades desacelerem de forma mais intensa em relação a 2024, ao passo que serviços relacionados às empresas devem aumentar sua contribuição, impulsionados pela melhor safra de grãos prevista para o ano. A avaliação é de Helcio Takeda, economista da Pezco.

O volume de serviços prestados no país caiu 0,9% em novembro, em comparação com outubro, como apontaram os dados da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgados esta manhã pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em outubro, houve alta de 1,4%, após revisão dos dados inicialmente divulgados como crescimento de 1,1%.