O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta terça-feira (10) em alta, com resposta de investidores à desaceleração para 0,39% do IPCA. O mercado também acompanha o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as expectativas para a Selic.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma alta de 0,60%, aos 127.968 pontos.
Por sua vez, o dólar comercial caía 0,33%, cotado a R$ 6,0588.
A inflação oficial do país, medida pelo IPCA, registrou desaceleração em novembro, após ter ficado em 0,56% em outubro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta terça-feira (10). O número ficou ligeiramente acima das expectativas do mercado financeiro, que apontavam uma alta de 0,38%.
O presidente Lula começou o dia no Hospital Sírio-Libanês, após passar por cirurgia para drenagem de um hematoma na cabeça, que apareceu em consequência de acidente doméstico em outubro. “Se tudo correr bem, Lula retorna a Brasília semana que vem”, afirmou o médico Roberto Kalil, em coletiva de imprensa.
O Ibovespa também responde às expectativas para a taxa Selic, que deve ser modificada na reunião do Copom prevista para esta quarta-feira (11). A maior parte do mercado está prevendo uma alta de 1,00 ponto percentual na taxa, de acordo com as apostas de opções na B3. O atual patamar é de 11,25%.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Segundo a Bloomberg, as estimativas do mercado para o IPCA variavam entre 0,24% e 0,43%, dessa forma, o percentual, de 0,39%, ficou dentro do esperado. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA teve um avanço de 4,87% até novembro, um pequeno aumento em relação ao resultado de outubro, que estava em 4,76%.
A informação de que Lula amanheceu internado, após cirurgia na cabeça, causou preocupações, mas o médico do Hospital Sírio-Libanês Roberto Kalil afirmou que o presidente não teve lesão no cérebro e está com as funções neurológicas preservadas. Na verdade, o hematoma de Lula ficou fora do cérebro, mas ele segue em observação.
Voltando ao mercado, na B3, 60% dos investidores apostam em uma alta de 1 pp na Selic, enquanto 28% prevê um aumento de 0,75 ponto percentual. Investidores também estão atentos à venda de parte da Riva (braço de renda média da Direcional), que, segundo o Bradesco BBI, abre possibilidade para dividendos extraordinários.
Outro destaque do dia é a recomendação de compra do Citi para a Brava Energia (BRAV3), com aumento do preço-alvo da empresa de R$ 34 para R$ 36. Os analistas do banco esperam um aumento na produção da empresa nos próximos anos, além de mencionaram e taxa de câmbio.
Além disso, investidores acompanham o evento para investidores da Klabin (KLBN11) nesta terça-feira (10). Segundo fato relevante da empresa ao mercado, os investimentos da companhia devem ficar estáveis em 2025, em R$ 3,3 bilhões. O custo caixa por tonelada previsto para o ano que vem é de R$ 3,1 mil a R$ 3,2 mil.
Bolsas asiáticas
Na Ásia-Pacífico, os mercados encerraram o dia com desempenho misto. O destaque foi a valorização das ações na China, alimentadas pelo anúncio de novos estímulos econômicos por parte de Pequim.
O Politburo, liderado pelo presidente Xi Jinping, anunciou que adotará uma política monetária “moderadamente frouxa” em 2025, indicando possíveis reduções nas taxas de juros e encerrando quase 14 anos de estratégia “prudente”.
As atenções agora se voltam para a Conferência Central de Trabalho Econômico, que começa na quarta-feira e ocorre a portas fechadas.
Shanghai SE (China), +0,59%
Nikkei (Japão): +0,53%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,50%
Kospi (Coreia do Sul): +2,43%
ASX 200 (Austrália): -0,36%
Bolsas europeias
Enquanto isso, os mercados europeus operam em baixa, revertendo os ganhos da sessão anterior, em um movimento de cautela antes da divulgação do relatório de inflação dos Estados Unidos, previsto para esta semana.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,44%
DAX (Alemanha): -0,18%
CAC 40 (França): -0,40%
FTSE MIB (Itália): -0,17%
STOXX 600: -0,22%