O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta quarta-feira (11) em leve alta, com investidores aguardando a decisão do Copom sobre a taxa de juros. O mercado também espera os dados de inflação dos EUA e acompanha o desenrolar das medidas do pacote fiscal.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma alta de 0,14%, aos 128.402 pontos.
Por sua vez, o dólar comercial beirava a estabilidade, com alta de 0,03%, cotado a R$ 6,0471.
O anúncio da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa de juros ocorre nesta quarta-feira (11), ao fim do dia. Esta é a última reunião do BC deste ano. Uma pesquisa da “Reuters” aponta para um aumento de 0,75 ponto percentual na Selic. Enquanto isso, operadoras afirmam que há chance de 47% de alta de 1 pp.
Outro destaque é a divulgação dos dados de inflação dos EUA, que ocorre nesta quarta-feira (11), às 10h30 (horário de Brasília). O percentual vai oferecer pistas sobre a próxima decisão do Fed (Federal Reserve) a respeito da taxa de juros do país. Uma chance de 85% de corte na taxa já está precificada, segundo informações do “InfoMoney”.
Investidores também estão de olho no pacote fiscal. Nesta terça-feira (10), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que está trabalhando para que haja um consenso e as medidas possam ser votadas nesta semana. Porém, ele admitiu que o pacote enfrenta resistência de uma parte dos deputados.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Atualmente, a Selic está em 11,25% a/a e 63% do mercado aposta em uma alta de 1 ponto percentual, segundo dados dos contratos de opções de Copom da B3. Enquanto isso, 27% apostam em um aumento de 0,75 pp. A reunião desta quarta-feira (11) vai ser a última do BC (Banco Central) sob a liderança do presidente Roberto Campos Neto.
Investidores seguem atentos ao pacote fiscal, uma vez que há resistência na Câmara e Lira afirmou que as medidas ainda não têm apoio suficiente para serem aprovadas. Ao mesmo tempo, ele disse que os parlamentares têm interesse em examinar as propostas. A nomeação dos relatores dos textos está prevista para esta quarta-feira (11).
Nacionalmente, o mercado ainda acompanha o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele segue internado, após cirurgia no crânio na noite desta segunda-feira (9).
EUA
Os investidores também estarão atentos aos dados mensais do orçamento federal, programados para hoje. Na temporada de balanços corporativos, os resultados da Adobe, esperados após o fechamento do mercado, também ganham destaque.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,07%
S&P 500 Futuro: +0,05%
Nasdaq Futuro: +0,12%
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Bolsas asiáticas
Enquanto isso, na Ásia, os mercados apresentaram movimentos divergentes. As ações de Hong Kong recuaram, enquanto as chinesas avançaram em meio ao início de uma reunião econômica anual em Pequim.
Taiwan e Austrália registraram quedas, mas as ações da Coreia do Sul subiram pelo segundo pregão consecutivo, impulsionadas pela recuperação após a recente crise política gerada pela imposição temporária de lei marcial.
Em um cenário de tensões comerciais, o presidente chinês, Xi Jinping, intensificou restrições à exportação de materiais raros com aplicações militares, além de limitar a venda de componentes estratégicos para drones destinados aos Estados Unidos e Europa. A medida representa um avanço em uma potencial guerra comercial contra os EUA.
Shanghai SE (China), +0,29%
Nikkei (Japão): +0,01%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,77%
Kospi (Coreia do Sul): +1,02%
ASX 200 (Austrália): -0,47%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados operam em leve queda, com investidores à espera dos dados de inflação dos EUA. Paralelamente, o Banco Central Europeu (BCE) se prepara para anunciar sua decisão sobre os juros amanhã (12).
FTSE 100 (Reino Unido): -0,86%
DAX (Alemanha): -0,14%
CAC 40 (França): -0,16%
FTSE MIB (Itália): +0,11%
STOXX 600: -0,26%
