O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta segunda-feira (13) em leve alta, beirando a estabilidade, com a espera de investidores pelo relatório de inflação nesta semana. O mercado também acompanha a piora nas projeções do Boletim Focus e a alta de Lula.
Por volta das 10h23 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma alta de 0,17%, aos 124.820 pontos.
Por sua vez, o dólar comercial caía 0,09%, cotado a R$ 6,0369.
O Relatório Focus do BC não só previu uma Selic mais alta para o próximo ano, como também novos avanços para o câmbio nos próximos quatro anos. Para entender melhor esse cenário, investidores esperam o relatório de inflação do BC, a ser divulgado na quinta-feira (19).
Nesta segunda-feira (16), o Boletim Focus teve uma mediana de expectativas para a Selic em 2025 de 14%, ante 13,5% na semana anterior. Já para a inflação no ano que vem, as projeções cresceram de 3,9% para 4,5%.
O Ibovespa também reage à alta hospitalar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, neste domingo (15). Lula deu entrada no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo na terça-feira (10), após cirurgia de emergência na madrugada do mesmo dia, para drenar um hematoma no crânio. O presidente afirmou que, agora, volta a trabalhar normalmente.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
Além de afirmar que já está curado, após alta do hospital Lula também criticou a alta da Selic, agora a 12,25%. “Não tem explicação”, disse o presidente. Em sua última reunião, o BC aumentou a taxa em 1,00 ponto percentual, além de prever mais duas altas no mesmo percentual nas próximas reuniões.
O Ibovespa também reage ao anúncio do BC de que vai fazer, pelo terceiro pregão seguido, uma intervenção no câmbio. A instituição anunciou um novo leilão de dólares com compromisso de recompra nesta segunda-feira (16). Vão ser ofertados US$ 3 bilhões ao mercado.
Nesta semana, o mercado vai estar de olho na decisão sobre os juros do Fed (Federal Reserve), nesta quarta-feira (18). Outro destaque internacional é a China, onde o crescimento econômico foi mais fraco em novembro, com alta de 3% nas vendas do varejo no país, ante 4,8% em outubro e previsões de 4,6% para o último mês.