O Ibovespa, principal índice do mercado acionário nacional, iniciou o pregão desta terça-feira (17) em leve alta, beirando a estabilidade, com ajustes após mínimas desde o meio do ano. Enquanto isso, a divulgação da Ata do Copom aumentou preocupações no mercado, que também acompanha o pacote fiscal e o PLDO.
Por volta das 10h21 (horário de Brasília) o marcador apresentava uma alta de 0,07%, aos 123.648 pontos.
Por sua vez, o dólar comercial subia 0,31%, cotado a R$ 6,1684.
Em um contexto de receios relacionados ao cenário fiscal, o BC (Banco Central) destacou, na Ata do Copom, publicada nesta terça-feira (17), que houve piora em fatores como inflação, câmbio e expectativas do mercado. A instituição observa que os impulsos fiscais e de crédito atuais contribuem para o aumento da inflação.
Além disso, o mercado segue atento ao pacote fiscal, com as preocupações de que o governo possa não conseguir aprovar, até o fim deste ano, as medidas propostas para conter gastos. Nesta terça-feira (17), o relator do PL para alterar regras do salário mínimo e BPC deve apresentar sua proposta.
O Ibovespa também reage ao relatório do PLDO 2025, que impõe ao governo buscar o centro da meta fiscal, de déficit zero, até outubro.
Mais detalhes sobre o que move o Ibovespa
A Ata da reunião do Copom que elevou a taxa de juros para 12,25% mostrou preocupação com os impulsos fiscal e de crédito no Brasil que, segundo o BC, estão reduzindo o efeito de aperto monetário planejado para conter a inflação. Portanto, a elevação da Selic foi motivada por um cenário mais adverso.
Enquanto isso, o relator de um dos projetos do pacote fiscal, o deputado Isnaldo Bulhões, deve apresentar suas alterações nas propostas que mudam as regras do salário mínimo e do BPC (Benefício de Prestação Continuada) nesta terça-feira (17). Neste mesmo dia, a Câmara dos Deputados pode votar PLP da reforma tributária.
Internacionalmente, investidores aguardam a decisão do Fed (Federal Reserve) sobre a taxa de juros dos EUA. O mercado espera um corte de 25 pontos-base na taxa, para entre 4,25% e 4,5%. De acordo com a ferramenta FedWatch, do CME Group, essa previsão tem 98,2% de se confirmar.
O acordo entre a UE (União Europeia) e o Mercosul também atrai atenções. Segundo a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, o país não vai apoiar o tratado se ele não for mudado para atender às solicitações de Roma. As falar ocorreram na cúpula da UE em Bruxelas. O texto do acordo foi finalizado neste mês.
EUA
O U.S. Census Bureau divulgará nesta terça-feira os dados de vendas no varejo referentes a novembro. No levantamento anterior, o varejo registrou alta mensal de 0,4% e um aumento anual de 2,85%.
Além disso, serão anunciados os números da produção industrial para o mesmo mês. O mercado projeta uma leve alta de 0,1%, recuperando-se da queda de 0,3% registrada anteriormente.
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: -0,37%
S&P 500 Futuro: -0,31%
Nasdaq Futuro: -0,25%
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Bolsas asiáticas
Os mercados da região Ásia-Pacífico encerraram o pregão majoritariamente em baixa, enquanto os investidores aguardam a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve.
Na China, Pequim planeja estabelecer uma meta de crescimento econômico de cerca de 5% para o próximo ano, além de ampliar o déficit fiscal para 4% do PIB.
Shanghai SE (China), -0,73%
Nikkei (Japão): -0,24%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,48%
Kospi (Coreia do Sul): -1,29%
ASX 200 (Austrália): +0,78%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados operam em queda, acompanhando as expectativas em torno de decisões de política monetária de grandes bancos centrais nesta semana.
O Banco da Inglaterra se reúne na quinta-feira, com uma baixa probabilidade de um corte adicional na taxa de juros ainda este ano.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,71%
DAX (Alemanha): -0,18%
CAC 40 (França): -0,32%
FTSE MIB (Itália): -0,56%
STOXX 600: -0,58%
Ibovespa: relembre a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta segunda-feira (16) com baixa de 0,84%, aos 123.560,06 pontos. O dólar comercial subiu 0,99%, a R$ 6,09.
A deterioração do cenário fiscal brasileiro segue sendo uma dor de cabeça para o mercado financeiro, consequentemente derrubando o Ibovespa mais uma vez.
