Ibovespa
Foto: Ibovespa/CanvaPro

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou a sessão desta quarta-feira (17) em forte queda de 0,79%, aos 157.327,26 pontos. Ao mesmo tempo, o dólar comercial avançou 0,73%, fechando cotado a R$ 5,422.

Dólar avança e reforça clima de cautela

O dólar registrou a quarta alta consecutiva frente ao real. Além disso, o movimento seguiu a tendência global de fortalecimento da moeda norte-americana.

No mercado internacional, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subiu 0,23%, alcançando 98,37 pontos.

Durante o pregão, a divisa oscilou bastante. Primeiro, tocou a mínima de R$ 5,48. Depois, avançou até a máxima de R$ 5,53. Ao final, encerrou o dia a R$ 5,42, tanto na compra quanto na venda.

Segundo analistas, o dólar mais forte reflete o aumento da aversão ao risco. Nesse contexto, investidores buscam proteção. Especialmente, pesam as incertezas sobre a política monetária dos Estados Unidos e o cenário fiscal brasileiro.

Bolsas de Nova York fecham no vermelho

Enquanto isso, o desempenho em Wall Street também foi negativo. Assim, o mau humor externo reforçou a pressão sobre os mercados emergentes.

  • Dow Jones: -0,65%
  • S&P 500: -0,45%
  • Nasdaq: -0,12%

Política volta a pressionar os ativos

No Brasil, o noticiário político voltou ao centro das atenções. Nesta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado iniciou a análise do projeto de lei da dosimetria.

Além disso, o mercado seguiu reagindo à pesquisa recente que elevou os temores em torno da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro. Com isso, o risco político voltou a influenciar o comportamento dos ativos domésticos.

Greve dos petroleiros entra no terceiro dia

Paralelamente, a greve nacional dos petroleiros da Petrobras (PETR3/PETR4) avançou para o terceiro dia. Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), houve 100% de adesão nas 28 plataformas da Bacia de Campos.

A paralisação ocorre por tempo indeterminado, após novo impasse nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho.

Entre as principais reivindicações estão:

  • Reajuste salarial de 9,8%
  • Fim dos descontos para cobrir déficits da Petros
  • Suspensão de demissões

Por outro lado, a Petrobras apresentou proposta de 5,66% de reajuste, que inclui inflação mais 0,5% de ganho real. No entanto, a categoria considerou a oferta insuficiente e manteve o movimento.