O prejuízo deixado pela onda de incêndios em São Paulo vai chegar a R$ 1 bilhão, disse o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Em entrevista à Globo News, Tarcísio afirmou que três pessoas foram presas por provocarem incêndios criminosos no interior do estado, nas cidades de São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira.
As queimadas deixaram cerca de 48 municípios em alerta máxima, levaram à morte de duas pessoas e pelo menos 800 tiveram que deixar as suas casas. De acordo com Tarcísio, o estado não registra mais nenhum foco ativo de incêndio.
“É difícil estimar os prejuízos, mas eu diria que vão passar da casa de R$ 1 bilhão, seguramente. O que aconteceu tem um efeito devastador [no agronegócio], muito triste, e nós vamos apoiar o agronegócio”, prometeu Tarcísio.
Ainda segundo o governador de São Paulo, três fatores principais podem ter sido responsáveis pelas queimadas: a estiagem, as altas temperaturas da última semana e ventos fortes.
Incêndios em São Paulo são criminosos
A Polícia Civil de São Paulo e a PF (Polícia Federal) estão investigando a suposta origem criminosa dos incêndios no estado, mas, até o momento, o governo paulista acredita que não existe uma ação orquestrada. A PF abriu dois inquéritos para apurar o caso.
Na manhã do domingo (25), um homem de 42 anos foi denunciado por moradores após atear fogo em uma área de mata no bairro Central Park, em Batatais, na região de Franca.
A equipe do 15º Batalhão de Polícia Militar do Interior (BPM-I) chegou ao local quando as chamas já estavam se alastrando e prendeu o criminoso, que havia tentado fugir. O homem possui antecedentes criminais por roubo, furto, homicídio e posse de drogas.
Em São José do Rio Preto, um idoso de 76 anos foi detido após atear fogo em lixo em uma área de mata no Jardim Maracanã, na manhã de sábado (24). O caso foi registrado no plantão da Delegacia Seccional da cidade.
Além disso, a Polícia Civil está investigando outro incidente no município envolvendo um motociclista que teria incendiado uma área de mata. Embora o caso ainda não tenha sido oficialmente registrado, a polícia está analisando imagens divulgadas nas redes sociais e realizando diligências para identificar o responsável.