Governo contra ataca

IOF: Governo recorre ao STF para manter decreto de Lula

Governo recorre ao STF para manter aumento do IOF suspenso pelo Congresso. AGU defende constitucionalidade do decreto de Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam da cerimônia que celebra um ano do programa Nova Indústria Brasil e do lançamento da Missão 6: Tecnologias de Interesse para a Soberania e Defesa Nacionais, no Palácio do Planalto. Foto: (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam da cerimônia que celebra um ano do programa Nova Indústria Brasil e do lançamento da Missão 6: Tecnologias de Interesse para a Soberania e Defesa Nacionais, no Palácio do Planalto. Foto: (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Governo aciona STF após Congresso derrubar alta do IOF

O governo federal decidiu recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para reverter a decisão do Congresso Nacional que anulou o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o qual aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). 

A AGU (Advocacia-Geral da União) afirma que o ato presidencial respeita os limites legais e constitucionais.

AGU reforça legalidade do aumento do IOF

O advogado-geral da União, Jorge Messias, afirmou nesta terça-feira (1º) que o decreto seguiu as regras previstas na Constituição. 

Segundo ele, a alíquota respeitou o teto de 1,5% ao dia, conforme determina a legislação atual. 

Para sustentar a medida, a AGU conduziu um estudo técnico e jurídico, solicitado previamente pelo presidente. Além disso, o Ministério da Fazenda contribuiu com dados e projeções financeiras.

Medida cautelar busca restaurar efeitos do decreto

Na petição enviada ao STF, a AGU pediu uma medida cautelar para suspender os efeitos da decisão do Congresso. 

Dessa forma, o governo quer restabelecer a validade imediata do decreto enquanto o plenário da Corte analisa o caso. Messias explicou que a ação tem caráter urgente, pois a revogação do aumento compromete a arrecadação federal.

Governo denuncia interferência do Congresso

De acordo com Jorge Messias, o Congresso ultrapassou sua competência ao barrar um ato legítimo do Executivo. “A medida adotada pelo Congresso Nacional acabou por violar o princípio da separação de poderes”, destacou. 

Em resposta, a AGU ingressou com uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) para garantir que o Supremo reconheça a constitucionalidade do decreto.

O julgamento do STF deverá definir, nos próximos dias, os limites de atuação entre Executivo e Legislativo na política fiscal. O desfecho poderá influenciar futuras decisões sobre tributos e decretos presidenciais.