O aplicativo do Itaú está enfrentando dificuldades nesta sexta-feira (3), data em que muitos trabalhadores recebem seus salários. Usuários na rede social X estão reclamando de ainda não terem recebido o pagamento.
“Itaú, me diz por que você decidiu tropeçar nos fios do aplicativo justo no dia de pagamento”, escreveu um usuário do X. “Itaú caiu mesmo? Não tá enviando meu salário para o Nubank”, postou outro internauta.
No app do banco, aparece a seguinte mensagem: : “Algumas transações em processamento podem impactar o extrato. Estamos normalizando. Desculpe o transtorno”.
No site DownDetector, foi registrado um aumento de 89 queixas contra o Itaú por volta das 9h (horário de Brasília), com a maioria delas relacionada ao saldo da conta.
O Itaú forneceu a seguinte declaração: “O Itaú Unibanco informa que identificou instabilidade nesta sexta-feira (03 de janeiro), no processamento de algumas transações. O banco informa que o sistema está sendo normalizado e os aplicativos continuam em funcionamento”, em resposta à reportagem do Valor.
Itaú: comunidade contábil está perplexa com acusações a ex-CFO
Os planos do Itaú Unibanco de entrar com ação civil contra o ex-CFO da instituição, Alexsandro Broedel, e o especialista em contabilidade Eliseu Martins, surpreenderam a comunidade de especialistas em contabilidades e advogados societários, segundo informações do “Valor Econômico”.
A comunidade está em choque em razão da boa reputação dos executivos.
O Itaú concluiu, no fim de novembro, uma investigação interna que mostrou condutas irregulares do executivo, contra o código de ética do banco. Os resultados apontam indícios de lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e associação criminosa, informou um executivo que acompanha o processo dentro do Itaú ao “Brazil Journal”.
O banco enviou as informações colhidas ao Coaf, ao Banco Central e à CVM e está contratando advogados para iniciar uma ação civil contra o ex-CFO e Martins, seu sócio. A instituição deve dar entrada com o processo em janeiro, depois do recesso do Judiciário.
Martins é considerado referência na área contábil. Ele foi diretor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo) entre 1998 e 2002; da CVM (Comissão de Valores Mobiliários); e do Banco Central nos anos 1980 e 1990.