De olho na subida

Lojas Renner (LREN3) prevê alta no 2º tri e cautela no crédito

Renner prevê 2º tri melhor em 2025, impulsionada por clima favorável e alta demanda, mas segue cautelosa com crédito

Foto: Reprodução

A Lojas Renner (LREN3) projeta um segundo trimestre mais forte em 2025, impulsionada pelo clima favorável e pelo calendário comercial, apesar de manter cautela no crédito. 

A companhia, que viu suas ações subirem após divulgar o resultado do primeiro trimestre, aposta em maior estabilidade nas margens e possível crescimento até o fim do ano.

Durante conferência com analistas, o CEO Fabio Faccio afirmou que abril e maio apresentam temperaturas mais alinhadas com a estação.

Segundo ele, isso favorece as vendas de moda.

Lojas Renner aposta no calendário para impulsionar as vendas

A varejista acredita que o Dia das Mães deve marcar o pico de vendas do trimestre. 

Faccio destacou que sexta-feira e sábado concentram os maiores volumes de compras.

Além disso, o primeiro trimestre mostrou forte recuperação. 

O lucro líquido cresceu quase 60%, e o EBITDA aumentou 55%, sinalizando um início de ano promissor para a operação.

Empresa mantém postura conservadora na concessão de crédito

Embora o cenário seja positivo, a empresa segue cautelosa com crédito por meio da financeira Realize. 

O CFO Daniel dos Santos explicou que a instabilidade econômica exige atenção redobrada.

Segundo ele, a companhia utiliza hedge até setembro para proteger as importações, o que ajuda a reduzir riscos cambiais mesmo com o dólar oscilando.

Renner mira expansão nacional e estuda oportunidades na Argentina

A operação na Argentina contribuiu para os bons números. 

Faccio destacou que o país tem potencial para receber até dez vezes mais lojas que as atuais.

No entanto, ele sinalizou que o momento ainda exige cautela. 

A expansão pode acontecer dentro de dois anos, caso o ambiente econômico siga favorável.

No Brasil, a Renner vê espaço para a Youcom dobrar sua presença nos shoppings. 

Além disso, planeja ampliar a metragem de lojas já existentes, otimizando o desempenho.

Estratégia de capital foca crescimento e retorno ao acionista

A companhia prioriza a expansão da rede e a modernização de unidades. 

No entanto, poderá usar eventuais sobras de caixa para recompras ou dividendos.

Santos reforçou que a empresa analisará oportunidades estratégicas conforme surgirem, equilibrando crescimento e retorno ao acionista de forma eficiente.