Repasses parlamentares

Lula indica Rui Costa e AGU para discutir emendas com o Legislativo

Os membros do STF mantiveram as liminares de Flávio Dino, que suspenderam as emendas parlamentares impositivas ao Orçamento; governo debaterá com Congresso

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), e Jorge Messias, o advogado-geral da União, para representar o governo na negociação sobre a suspensão das emendas parlamentares. 

O STF (Supremo Tribunal Federal) e lideranças do Poder Legislativo devem se reunir em um almoço, previsto para acontecer na terça-feira (20), para discutir o tema.

Rui Costa é quem normalmente articula politicamente a favor no governo Lula junto a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, uma das figuras que mais debate a volta das emendas, de acordo com o “Valor”.

Os membros do STF mantiveram, em decisão anunciada na sexta-feira (16), as liminares do ministro Flávio Dino, que suspenderam as emendas parlamentares impositivas ao Orçamento. A suspensão engloba as emendas Pix, de bancada e de transferência direta com plano de trabalho definido.

Lira já havia reclamado com Rui Costa, na semana passada, sobre a posição do governo Lula no tema das emendas. Os parlamentares avaliam, de acordo com o veículo de notícias, que o governo estaria influenciando a postura de Flávio Dino.

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Lula: defesa de Estado mínimo é ‘bobagem’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (16), em passagem pelo Rio Grande do Sul (RS), que a defesa do Estado mínimo é “bobagem”.

Em seu discurso, Lula voltou a defender a necessidade de que o governo federal faça investimentos em saúde e educação.

“É preciso acabar com essa bobagem que o Estado tem de ser mínimo, que o Estado não pode fazer as coisas. Eu sofri com o SUS (Sistema Único de Saúde) durante muitos anos porque fui deputado constituinte. Depois que a gente aprovou o SUS, eu nunca vi alguém apanhar tanto, a iniciativa privada criticava o SUS, a imprensa criticava o SUS”, lembrou Lula.

“Foram 20 anos, até que veio a pandemia. E, na pandemia, se não fosse o SUS, a gente teria tido uma desgraça muito maior do que teve”, completou o presidente.

“O Estado não tem que ser mínimo ou máximo. Estado tem que ser Estado e dar igualdade de tratamento a todos os seus filhos”.