Após reunião com o presidente

Lula não quer que pacote fiscal seja 'desidratado', diz Haddad

“Ele pediu um quadro detalhado para falar com os líderes e garantir que não haja desidratação nas medidas fiscais”, disse o ministro

Haddad em coletiva sobre pacote fiscal
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou, em reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que não quer que o pacote fiscal seja desidratado. O encontro ocorreu nesta segunda-feira (16) e foi seguido por uma entrevista do ministro à imprensa.

“Ele pediu um quadro detalhado para falar com os líderes e garantir que não haja desidratação nas medidas fiscais”, afirmou Haddad, aos jornalistas.

“O apelo que ele (Lula) está fazendo é para que as medidas não sejam desidratadas. Nós temos um conjunto de medidas que garantem a robustez do arcabouço fiscal. Estou muito convencido de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”, disse o ministro.

Haddad também afirmou que o presidente está “muito bem disposto” e segue acompanhando não só o pacote fiscal, como também a reforma tributária. “Confesso que fiquei surpreendido com a disposição do presidente. Está muito tranquilo, está bem”, disse o ministro.

“Tive um despacho relativamente longo com o presidente. Ele está muito bem disposto. Falamos sobre vários assuntos. Expus para ele a situação da reforma tributária, o que está para ser decidido pela Câmara em caráter definitivo”, declarou.

“Também tratamos das medidas fiscais. Eu apresentei a ele os relatores (dos projetos do pacote fiscal), como nós vamos encaminhar, a necessidade de votação nesta semana, e alguns projetos das reformas microeconômicas que também precisam ser votados nesta semana”, disse Haddad.

Conversa com Lula sobre detalhes da reforma tributária

Segundo o ministro, os dois também falaram sobre a exclusão das armas e dos refrigerantes do Imposto Seletivo (taxa cobrada sobre bens e serviços que prejudicam a saúde ou o meio ambiente).

“Nós discutimos alguns detalhes (da reforma tributária) que preocupavam mais. A questão das armas, ele tratou desse assunto. A questão das bebidas açucaradas, em função da saúde pública, foi comentada. E alguns outros temas, para que ele pudesse julgar a conveniência de eventualmente orientar os líderes da base”, afirmou.