Cortes de gastos

Lula diz que está otimista com pacote fiscal

O presidente também comentou sobre os resultados da pesquisa Quaest, que mostraram que 90% do mestrado desaprova seu governo

Presidente Lula
Presidente Lula / Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que está “muito otimista” com a divulgação do pacote fiscal do governo federal, durante fala em seminário do organizado pelo PT e pela Fundação Perseu Abramo, na sexta-feira (6). O presidente também defendeu a isenção do IR (Imposto de Renda) para os que ganham menos de R$ 5 mil.

“Estou muito otimista com o que vai acontecer neste país. E fiquei mais otimista com o lançamento do programa que nós anunciamos agora: desde a isenção para quem ganha até R$ 5 mil até a tentativa de a gente moralizar os benefícios públicos, porque nem tudo é correto. Mas, sobretudo, de a gente cobrar renda das pessoas mais ricas”, afirmou Lula, no evento.

Segundo Lula, a pesquisa da Quaest serve para mostrar ‘de que lado os banqueiros estão’

O presidente também fez comentários sobre a pesquisa recente da Quaest que mostrou que 90% dos analistas de 105 fundos de investimentos avaliam negativamente seu governo, ante 64% em março deste ano. Segundo ele, a pesquisa serviria para que os banqueiros mostrem “de que lado eles estão”.

“Eu vi o resultado da pesquisa Quaest. E esses banqueiros disseram que 90% deles são contra mim. Eu não fiquei nervoso, eu fiquei feliz por que eu já ganhei 10%, porque antes eram 100% contra mim. E, é muito importante que eles digam que são contra mim para que eles digam de que lado eles estão, quem é o candidato deles, qual é a política econômica que eles querem”, declarou.

Lula, então, afirmou que o objetivo do PT é melhorar a vida dos mais pobres. “Se a gente não fizesse a diferença, parece que é tudo igual. E nem tudo é igual neste país. Continuamos vendo as pessoas viverem mais, os pobres morrerem mais, os pobres morrerem analfabetos, e a gente nasceu para mudar isso”, disse.

Na quinta-feira (5), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, já havia criticado o mercado financeiro por pressionar o governo federal sobre o pacote fiscal enquanto, segundo ele, ficou em silêncio com os R$ 200 bilhões “torrados” na tentativa de reeleger o ex-presidente Jair Bolsonaro.