O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que vai fazer uma reunião nesta quinta-feira (9) para discutir a decisão da Meta (dona do Whatsapp, Instagram e Facebook) de suspender a checagem de fatos em suas plataformas nos EUA. Segundo Lula, o governo defende a soberania de cada país.
“Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha a mesma responsabilidade de um cara que comete um crime na imprensa escrita”, disse o presidente, a jornalistas.
“É como se um cidadão pudesse ser punido porque faz uma coisa na vida real e pudesse não ser punido porque faz a mesma coisa na digital”, exemplificou. Ele disse que o seu desejo “é que cada país tenha sua soberania resguardada”.
“Não pode um cidadão, dois cidadãos, três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação”, completou.
A Meta anunciou, na terça-feira (7), que vai acabar com a política de checagem de fatos, usado para diminuir a propagação de desinformação nas redes. No lugar da checagem, feita por organizações especializadas, a empresa vai adotar um sistema em que os próprios usuários fazem correções.
Do lado de Lula, Alckmin critica Meta (M1TA34) por decisão de suspender checagem
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB) julgou como retrocesso a decisão da Meta (M1TA34) – dona do Facebook, Instagram e Whatsapp- que encerra a checagem de fatos em suas plataformas nos EUA, de acordo com o portal InfoMoney.
Em sua avaliação, as plataformas digitais precisam agir com responsabilidade e bilionários não podem fazer “o que querem”.
“A democracia é uma conquista da civilização e nós não podemos permitir abuso do poder econômico e estruturas econômicas muito fortes prejudicarem o conjunto da sociedade, os direitos individuais e coletivos”, comentou Alckmin, em entrevista à Rádio Eldorado, na quinta-feira (9).
“Não é possível você ter plataformas, você ter órgãos de comunicação de presença global, sem responsabilidade, sem responsabilização. Não pode desinformar as pessoas, não pode mentir, difamar, precisa ter responsabilidade; o convívio em sociedade tem direitos e deveres”, completou Alckmin.
“Não é porque alguém é bilionário que ele pode fazer o que quer”, afirmou, em referência a Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta.