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Morgan Stanley prevê R$ 361 bi para ações emergentes — Brasil lidera beneficiados

Morgan Stanley projeta R$ 361 bi em ações emergentes, com o Brasil como maior beneficiado por valuations atrativos e diversificação global.

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Morgan Stanley / Reprodução

Morgan Stanley destaca cenário favorável para ativos brasileiros com realocação global

A empresa projeta que até US$ 66 bilhões (R$ 361 bi) podem fluir para ações de mercados emergentes, caso fundos globais revertam sua subalocação atual. 

O banco aponta o Brasil como principal beneficiado, em um contexto de diversificação crescente e cenário econômico multipolar.

Até o momento, investidores estrangeiros já destinaram US$ 4 bilhões a ações brasileiras em 2025. 

Contudo, o Morgan Stanley reforça que há espaço para aportes ainda maiores, especialmente com a mudança na estratégia de alocação global.

Morgan Stanley destaca Brasil por liquidez e valuations atrativos

O Itaú BBA, corroborando a visão do Morgan Stanley, ressalta que a fraqueza do dólar (DXY) e a postura dovish do Federal Reserve impulsionam a entrada em mercados emergentes. 

Scott Piper, do Itaú USA Asset Management, também preferiu o Brasil ao México, citando a profundidade e diversidade do mercado brasileiro.

Segundo Piper, o Brasil apresenta valuations descontados entre 1 e 1,5 desvio padrão abaixo da média histórica. 

Ele estimou um potencial de rerating de 30% a 40%, além de um carry de aproximadamente 6%, características que atraem investidores.

Morgan Stanley analisa peso dos EUA no MSCI e aponta possível mudança

O Morgan Stanley lembra que os Estados Unidos elevaram sua participação no índice MSCI ACWI de 41% para 64% desde 2008, enquanto os emergentes caíram de 12% para 10%. 

O banco acredita que essa tendência pode começar a se reverter, mesmo que de forma gradual, afetando positivamente os mercados emergentes e, especialmente, o Brasil.

Aposta no Brasil e oportunidades na Argentina

Scott Piper indicou uma posição overweight em ações cíclicas domésticas brasileiras, devido à sensibilidade desses ativos ao pico dos juros. 

Por outro lado, mantém cautela com cíclicas globais.

Além disso, Piper destaca a Argentina como mercado com potencial, graças à liberação gradual dos controles de capital e possível reinclusão nos índices de mercados emergentes, o que pode atrair novos investimentos.