
As mulheres ocupam apenas 34,4% das vagas no mercado financeiro,aponta a pesquisa Diversidade e Inclusão no Mercado de Capitais, divulgada pela Anbima na terça-feira (2).
O nível de gerência é o mais equilibrado, composto 55,5% por homens e 42,9% por mulheres. O resultado do setor é influenciado pelas assets, que são a maioria das instituições participantes da pesquisa e possuem 31,9% de mulheres na composição.
No segmento de bancos, as mulheres são 43,4%, e nas corretoras e distribuidoras, 40,9%. Na categoria “outros segmentos”, que engloba instituições do universo financeiro que não são contempladas em outras categorias, as mulheres ocupam mais da metade das vagas (52,6%).
Outras minorias também entraram na pesquisa
De acordo com o levantamento, 59% das instituições têm contratação com foco em grupos minorizados implementada. As mulheres são a prioridade dessas políticas (45%), seguidas de pessoas pretas (31%) e pessoas com deficiência (28%). Vagas para multigerações (24%) e pessoas LGBTQIA+ (14%) também foram citadas.
O recorte racial também tem resultados no nível hierárquico de gerência, apesar de ainda estar distante de um equilíbrio. Enquanto o setor como um todo tem 80,9% de pessoas brancas, 15,5% de pretas e pardas, 3,5% de amarelas e 0,1% de indígenas, nesse nível hierárquico a representatividade é de 73,6% de brancas, 23,5% de pretas e pardas, 2,8% de amarelas e 0,1% de indígenas.
Metodologia
A pesquisa foi realizada com 154 instituições associadas, associadas, que seguem a autorregulação da Anbima ou que integram a Rede Anbima de Diversidade e Inclusão. A iniciativa faz parte da agenda da Rede, que integra o plano de continuidade do Anbima em Ação 2025/2026, conjunto de metas que eleitas como prioritárias para este e o próximo ano.
O levantamento também mapeou iniciativas práticas, grau de maturidade e principais desafios. Os achados revelam, por exemplo, que o mercado se considera mais engajado com o tema do que em 2022. E, ainda, que essa percepção melhora entre os integrantes da Rede. Vale lembrar que esse fórum nasceu como resultado a uma demanda por políticas e práticas identificadas na primeira edição da pesquisa.