Embate Musk x Moraes

Musk volta a subir o tom contra Moraes: "a lei está violando a lei"

Ele republicou no X uma postagem sobre a ordem do ministro para que a plataforma apagasse posts "sobre um político brasileiro"

Elon Musk
Foto: reprodução

O bilionário Elon Musk voltou a subir o tom contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, através de uma postagem na sua rede social X (antigo Twitter).

Musk republicou uma postagem feita pelo perfil de assuntos governamentais da própria rede social sobre a ordem do ministro para que a plataforma apagasse posts “sobre um político brasileiro”. Na legenda, o bilionário escreveu que “a lei está violando a lei”.

No mês passado, Moraes determinou a derrubada de dois vídeos e duas reportagens jornalísticas publicados na internet. O conteúdo trazia acusações de agressão feitas por Jullyene Lins, ex-esposa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

X descumpre ordem de Moraes e não tira perfil do ar

X, anteriormente conhecido como Twitter, no Brasil, entrou com um recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio do perfil @dukeofsalvador.

O perfil foi responsável pela divulgação de informações sobre familiares do ministro, conforme reportado pela revista Veja.

Em abril de 2024, as postagens foram feitas quando o perfil tinha cerca de 200 seguidores, número que hoje ultrapassa 1.000. Entre as informações compartilhadas estão dados profissionais, fotos dos filhos, esposa e irmão do ministro.

O usuário identificado como “John T” na plataforma alegou que as informações foram obtidas na internet.

A decisão de Moraes faz parte do inquérito 4.781, conhecido como inquérito das fake news, que está em andamento de forma sigilosa. O ministro ordenou o bloqueio imediato da conta em até duas horas, sob ameaça de multa diária de R$ 100 mil, além da exigência de entrega dos dados do usuário em até 15 dias.

Segundo Moraes, a publicação “claramente incita à violência virtual e física” contra os indivíduos mencionados, conforme relatado na petição obtida pela revista.

Desta vez, o X optou por fornecer os dados cadastrais à Corte, porém o perfil continuou ativo.

No recurso, argumentou que o conteúdo publicado, à primeira análise, não apresenta caráter ilegal que justifique sua remoção ou a divulgação de dados, e tampouco constitui abuso no exercício da liberdade de expressão, uma vez que as informações divulgadas já eram de domínio público.

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