
Geraldo Alckmin, presidente em exercício, afirmou nesta terça-feira (25) que chegou a um acordo com os Estados Unidos para resolver uma disputa comercial envolvendo o acesso de empresas americanas ao RenovaBio, programa que incentiva a produção de combustíveis renováveis.
O vice-presidente declarou que a questão está “praticamente resolvida”, sinalizando avanço nas negociações bilaterais em meio ao tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump
Mudança no RenovaBio
Em entrevista, a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Tatiana Prazeres, explicou que o Brasil revisou regras para permitir que empresas estrangeiras participem do RenovaBio sem necessidade do intermediário brasileiro.
De modo sucinto, agora as empresas estrangeiras podem estar no programa sem necessariamente uma companhia brasileira sendo o intermédio, algo que incomodava os Estados Unidos que reivindicava uma questão antiga dos produtores de etanol.
O RenovaBio é a Política Nacional de Biocombustíveis que funciona por meio de créditos de descarbonização. Empresas certificadas podem emitir CBIOs créditos negociados na Bolsa de Valores que representam toneladas de carbono evitadas com o uso de combustíveis renováveis.
Próximos passos
Alckmin afirmou que o próximo passo das negociações é ampliar a lista de produtos excluídos das tarifas e reduzir as alíquotas aplicadas, especialmente em segmentos de manufatura e alimentos como mel.
As mudanças no RenovaBio representam uma das várias frentes de diálogo entre Brasil e Estados Unidos para reduzir tensões comerciais e proteger as exportações brasileiras do tarifaço.