Conquistar o seu milhão e sair mundo afora. Esse não é um pensamento tão único. Prova disso são as estimativas que esperam o nível mais alto em uma década na migração entre pessoas milionarias para outras nações diferentes das suas origens.
No contexto global de migração de indivíduos ricos, o Brasil se destaca como um dos países com um significativo movimento de saída de milionários nos últimos anos.
Segundo um relatório da consultoria britânica Henley & Partners, estima-se que, somente em 2024, aproximadamente 128 mil pessoas, com um patrimônio equivalente a US$ 1 milhão devam, migrar para outras nações diferentes das suas.
O Brasil se posiciona como o quinto país com as maiores saídas líquidas de milionários, ficando atrás da China, com 13.500, Índia, com 6.500, Reino Unido, com 3.200, e Rússia, com 3.000.
Dentro desse cenário, o levantamento projetou que cerca de 1.200 brasileiros de alto patrimônio deixaram o país para viver no exterior no ano passado, em comparação com 1.800 em 2022.
Ainda na América Latica, outros países também destacam-se pelo alto fluxo no número significativo da saída de milionários. Dentre eles, o México, com 700, Argentina, com 200, e Colômbia e Chile, com 100 cada, segundo a consultoria.
A pesquisa considera apenas indivíduos com patrimônio líquido de pelo menos US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 5,1 milhões) que de fato estabeleceram residência permanente em outro país.
O que faz um milionário migrar?
Atualmente, indivíduos de alto patrimônio líquido (HNWI) da América Latina têm buscado migrar para outros países por diversos motivos.
Ben Rizzuto, estrategista de patrimônio da consultoria Janus Henderson Investors, destacou que a situação política, as vantagens culturais e sociais, e a oportunidade de investir em propriedades de luxo para uso pessoal e/ou comercial em economias mais estáveis estão entre os principais motivos que impulsionam essa migração, conforme reportado pela Bloomberg Línea.
“Indivíduos com alto patrimônio líquido migram para encontrar um clima econômico mais adequado à sua situação. Entre os que buscam climas econômicos melhores estão brasileiros, mexicanos e chilenos, além de argentinos, chilenos e peruanos”, disse Rizzuto.