Caged

País cria 106,6 mil empregos com carteira assinada em novembro

Brasil registrou a criação de 106.625 empregos formais, conforme dados do Caged

Fonte: Canva Pro
Fonte: Canva Pro

Em novembro de 2024, o Brasil registrou a criação de 106.625 empregos formais, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Esse resultado decorreu de 1.978.371 admissões e 1.871.746 desligamentos no período.

Embora positivo, o saldo de novembro representa uma desaceleração em relação aos meses anteriores. Em setembro, foram criados 252.200 postos de trabalho, enquanto em outubro o número foi de 132.100, indicando uma tendência de redução no ritmo de geração de empregos formais nos últimos meses.

No acumulado de janeiro a novembro de 2024, o país gerou 2.224.102 postos de trabalho com carteira assinada. Considerando os últimos 12 meses, de dezembro de 2023 a novembro de 2024, o saldo é de 1.772.862 empregos formais, um aumento de 22,2% em comparação ao período de dezembro de 2022 a novembro de 2023, que registrou 1.450.778 postos criados.

Em termos regionais, 21 das 27 unidades da Federação apresentaram saldos positivos em novembro.São Paulo liderou com a criação de 38.562 empregos, seguido por Rio de Janeiro (+13.810) e Rio Grande do Sul (+11.865).

O salário médio de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89, uma redução de R$ 7,40 (-0,34%) em rquando o valor era de R$ 2.160,28. Em comparação a novembro de 2023, houve um ganho real de R$ 27,34 (+1,29%) no salário médio de admissão.

Apesar da criação de empregos formais, o mercado de trabalho brasileiro ainda enfrenta desafios.A taxa de informalidade permanece significativa, com 38,7% da força de trabalho atuando sem registro formal, o que corresponde a aproximadamente 40,3 milhões de trabalhadores. Embora essa taxa seja ligeiramente inferior à do trimestre anterior (38,8%) e menor que a do mesmo período de 2023 (39,2%), a informalidade continua sendo uma característica marcante do mercado de trabalho no país.

Além disso, a renda média real do trabalhador foi de R$ 2.511 no trimestre encerrado em fevereiro de 2022, representando uma queda de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando que, apesar do aumento no número de empregos formais, os trabalhadores estão enfrentando uma redução no poder de compra.

Embora os dados do Caged de novembro de 2024 indiquem a continuidade na geração de empregos formais no Brasil, há uma desaceleração no ritmo de criação de vagas e desafios persistentes relacionados à informalidade e à queda na renda média dos trabalhadores.