Aluguel e IPTU em débito

Partido de Marçal, PRTB, tem sede despejada por dívidas de aluguel

O partido tem prazo até 24 de setembro para deixar o imóvel

PRTB de SP, partido de Pablo Marçal, é alvo de ação de despejo (Foto: Reprodução/Google Street View; e Reprodução/TV Cultura
PRTB de SP, partido de Pablo Marçal, é alvo de ação de despejo (Foto: Reprodução/Google Street View; e Reprodução/TV Cultura

A Justiça de São Paulo determinou que o Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), associado ao candidato a prefeito Pablo Marçal, deve desocupar o prédio comercial onde funciona seu diretório estadual, situado na Zona Sul de São Paulo. A decisão foi tomada devido ao não pagamento dos aluguéis.

Conforme a decisão liminar da juíza Paula da Rocha e Silva, da 36ª Vara Cível, o partido tem prazo até 24 de setembro para deixar o imóvel. Vale ressaltar que essa decisão é provisória e ainda pode ser contestada.

A ação judicial foi movida pela proprietária do imóvel, que alega que o PRTB está em débito com o aluguel e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) há três meses. Isso resultou em uma dívida acumulada de R$ 163 mil, sendo que R$ 60 mil referem-se a multas, correspondentes a três vezes o valor do aluguel.

Marçal pode ter ao menos R$ 135 mi não declarados ao TSE

Pablo Marçal (PRTB) é o candidato com o maior patrimônio entre os concorrentes à prefeitura de São Paulo, com uma declaração de R$ 193,5 milhões à Justiça Eleitoral. Ele está em disputa acirrada com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB).

No entanto, uma investigação conduzida pela Folha de S. Paulo revelou que o valor declarado por Marçal não reflete toda sua riqueza

A reportagem identificou empresas, imóveis e aeronaves que não foram declarados pelo influenciador. Segundo o jornal, algumas empresas foram omitidas e outras foram subvalorizadas. 

O patrimônio não informado pode variar entre R$ 135 milhões e R$ 168 milhões, dependendo da avaliação das aeronaves.

A investigação apontou que o modelo de declaração de bens eleitorais pode ser impreciso, permitindo possíveis omissões. Um exemplo é a possibilidade de declarar uma empresa de pequeno porte, sem mencionar os bens que ela detém, que podem ter um valor muito maior.

Pablo Marçal teria omitido a existência de pelo menos duas empresas nas quais é sócio, além de subestimar os valores de outras que declarou ao TSE. A Marçal Participações, que concentra boa parte de seu patrimônio, foi declarada com um valor de R$ 450 mil, sendo que ele afirmou possuir 90% da empresa. No entanto, de acordo com a Receita Federal, a companhia tem um valor de R$ 2,9 milhões.