O BC (Banco Central) informou, nesta segunda-feira (30), que dados cadastrais de 53.8383 chaves Pix foram vazados da instituição de pagamentos Qesh.
As informações eram de caráter cadastrais, como nome do usuário, CPF, agência e número da conta, portanto não permitem movimentação nem acesso às contas.
Outros dados sensíveis do Pix, como senhas, informações de movimentações ou outros dados sigilosos não foram expostos, afirmou o BC em nota.
O incidente aconteceu entre 10 a 19 de setembro deste ano, segundo a autarquia que também acrescentou que o vazamento aconteceu por causa de “falhas pontuais” nos sistemas da Qesh.
“O BC informa que foram adotadas as ações necessárias para a apuração detalhada do caso e serão aplicadas as medidas sancionadoras previstas na regulação vigente”, afirmou a autarquia, segundo a “CNN Brasil”.
O sistema antifraude da Qesh, segundo informe, bloqueou atividades de fintech’s fraudulentas antes que realizassem saques indevidos envolvendo as chaves Pix.
O aplicativo ou internet banking do banco dos clientes que tiveram seus dados cadastrais expostos irão notificá-los exclusivamente por esses canais.
Aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou e-mail, nenhum desses canais serão usados nem pelo BC nem as instituições participantes para comunicar aos usuários sobre o vazamento.
Pix: transações sobem mais de 60%; superam meios de pagamento somados
No primeiro semestre deste ano, as transações realizadas por meio do Pix alcançaram 29 bilhões, registrando um crescimento de 61% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse montante ultrapassa o total combinado de todas as outras formas de pagamento, como cartões de crédito, débito, pré-pago, boletos, TED e cheques, que somaram 24,2 bilhões.
As informações são de uma pesquisa realizada pela Febraban sobre métodos de pagamento, fundamentada em dados divulgados pelo Banco Central e pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços).
Ao comparar os semestres, as transações com cartão pré-pago apresentaram um crescimento de 22%, seguidas pelo cartão de crédito com alta de 13,1% e o cartão de débito, que teve um aumento de 1,2%.
As operações com boletos mantiveram-se estáveis, enquanto as transações com TED registraram uma queda de 9,1% e os cheques sofreram uma diminuição de 35,6%.