O PIX, sistema de pagamentos instantâneos do BC (Banco Central), completa cinco anos neste domingo (16) consolidado como uma das maiores inovações financeiras do país. Desde seu lançamento, em novembro de 2020, o método movimentou R$ 85,5 trilhões, registrou mais de 890 milhões de chaves e já está presente na rotina de 170 milhões de brasileiros.
Mais do que substituir TEDs e cartões, o PIX se tornou uma peça central do ecossistema financeiro brasileiro, ampliando a inclusão, reduzindo custos e estimulando a competitividade entre bancos e fintechs.
Crescimento expressivo e impacto econômico
Só em 2024, o sistema movimentou mais de R$ 26 trilhões, valor equivalente a quase dois PIBs e meio do Brasil. O ritmo acelerado continua: em setembro de 2025, o PIX registrou 290 milhões de operações em um único dia, somando R$ 164,8 bilhões, ambos recordes históricos.
No acumulado anual, outubro de 2025 marcou outro marco: 7 bilhões de transações em um mês e R$ 3,3 trilhões movimentados, quase um terço do PIB nacional de 2024.
PIX gerou economia de R$ 117 bilhões em 5 anos
Segundo levantamento do MBC (Movimento Brasil Competitivo), o PIX já gerou R$ 117 bilhões em economia direta para consumidores e empresas, só em 2025, foram R$ 38,3 bilhões entre janeiro e setembro, superando todo o resultado de 2024.
A ferramenta também impulsionou a bancarização: o número de brasileiros com relacionamento ativo no sistema financeiro subiu de 177 milhões (2020) para 204 milhões (2025).
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O estudo aponta que a economia gerada pelo PIX decorre principalmente de dois fatores: a queda do uso das TEDs e a migração das operações P2B, transações de pessoas para empresas, antes concentradas no cartão de débito, para o PIX, que possui tarifas significativamente menores.
Funcionalidades que ampliaram o alcance
Desde o lançamento, o Banco Central expandiu o conjunto de recursos do PIX. Hoje, o sistema permite:
- transferências instantâneas 24/7
- pagamentos recorrentes
- agendamento de transações
- PIX por aproximação
- pagamentos automáticos
- integração crescente com o sistema de crédito
A expectativa do BC é que, na próxima etapa, o PIX avance para operações internacionais, abrindo caminho para pagamentos e transferências entre países em tempo real.
Perspectivas para o futuro
Ao completar cinco anos, o PIX entra em um novo ciclo: menos focado na substituição de meios tradicionais e mais alinhado a um projeto de modernização do sistema financeiro como um todo. Para especialistas, o desafio agora é integrar ainda mais o PIX a operações de crédito, sistemas de garantias, contratos e transações de maior complexidade.
O forte ritmo de adoção, muito acima das projeções iniciais, reforça que o Brasil se tornou uma referência global em pagamentos digitais instantâneos, com um modelo que segue inspirando diversos países.
