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Quem é Miguel Gutierrez: ex-CEO da Americanas listado na Interpol

Americanas

Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas (Foto: Reprodução)

Até pouco tempo, o ex-CEO da grande varejista brasileira Americanas (AMER3) era praticamente desconhecido do público. Miguel Gutierrez, conhecido por sua discrição, evitava a mídia, mantinha-se afastado de investidores e analistas, e raramente aparecia em fotos públicas.

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No entanto, nesta quinta-feira (27), ele se tornou alvo da Operação Disclosure da Polícia Federal, acusado de supostas fraudes contábeis durante seu mandato na empresa.

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Miguel Gutierrez, bastante discreto, reside na Espanha desde que o escândalo da Americanas veio à tona em janeiro de 2023. Nascido em 1961, o ex-executivo brasileiro possui dupla cidadania espanhola.

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Formado em engenharia mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em economia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Gutierrez também completou um programa de formação de lideranças nos Estados Unidos.

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Sua carreira na Americanas começou em 1993, quando a companhia era liderada por Carlos Alberto Sicupira, um dos principais acionistas da empresa e membro do renomado trio de bilionários com Jorge Paulo Lemann e Marcel Herrmann Telles.

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Durante três décadas, Gutierrez trabalhou em diversos setores, destacando-se por suas estratégias de corte de custos, que agradaram aos bilionários, conforme relatado pela Bloomberg.

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Dez anos após ingressar na empresa, Gutierrez assumiu a presidência da Americanas, posição que ocupou até dezembro de 2022, quando renunciou. Em seus 20 anos de comando, ele fez raras aparições públicas.

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Sergio Rial, que havia construído sua carreira no banco Santander, sucedeu Gutierrez. No entanto, Rial permaneceu no cargo por apenas nove dias, renunciando após descobrir fraudes contábeis nos balanços corporativos do grupo.

Relembre escândalo da Americanas

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A fraude contábil e rombo fiscal da Americanas (AMER3) foi revelado no inicio de 2023, quando a recém-nomeada diretora da empresa expôs o caso. 

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A notícia teve impacto quase instantâneo no mercado. Somente um pregão foi necessário para derreter os papéis das varejistas: Na véspera do anúncio, as ações da empresa eram negociadas na casa de 12 reais. Na quinta-feira o papel fechou cotado a 0,40 real.

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Posteriormente, a empresa, que tem como acionistas de referência o trio de bilionários fundadores da 3G Capital — Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira — acusou Gutierrez e outros ex-funcionários da empresa de cometerem fraude.

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