Caso de insider trading

Quem é Silvio Tini de Araújo, o bilionário banido da Bolsa de Valores?

Segundo a Forbes, sua fortuna é estimada em cerca de R$ 4 bilhões

 Silvio Tini de Araújo / Reprodução
Silvio Tini de Araújo / Reprodução

Silvio Tini de Araújo, um dos principais acionistas da Alpargatas, foi impedido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de assumir cargos de administrador ou conselheiro fiscal em companhias abertas listadas na bolsa de valores. 

A restrição é resultado de um processo relacionado ao insider trading, prática em que informações privilegiadas sobre empresas são compartilhadas, influenciando suas ações no mercado.

Tini de Araújo é um dos mais proeminentes investidores do mercado de ações brasileiro. Além de suas significativas participações na Alpargatas, onde detém aproximadamente 10% da empresa tanto pessoalmente quanto por meio da holding Bonsucex, Tini possui investimentos relevantes em empresas como Banco Pan, Gerdau, Bombril e Paranapanema. Segundo a Forbes, sua fortuna é estimada em cerca de R$ 4 bilhões.

Natural de São Paulo e empresário renomado, aos 75 anos, Silvio Tini fundou o Grupo Bonsucex em 1982. 

Segundo informações do grupo Bonsucex, Tini possui formação em Ciências Jurídicas e Econômicas, com graduação e pós-graduação em Direito Civil pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), além de ter realizado estudos em Macroeconomia pelo New York Institute of Finance (NYIF).

A Bonsucex possui participações em diversas companhias de capital aberto, incluindo Alpargatas, Terra Santa (no setor agropecuário), Paranapanema (cobertura de cobre), Banco Pan, Gerdau e Bombril.

A Alpargatas é conhecida por ser a proprietária da marca de sandálias Havaianas, da qual Tini possui uma participação de 10%.

Silvio Tini eleva Participação no IRB 

No final de maio, a Bonsucex adquiriu um total de 4.150.785 ações ordinárias do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), o que equivale a uma participação de 5,045% no capital social da empresa.

Com essa compra, Silvio Tini tornou-se o terceiro maior acionista do IRB, superando Luiz Barsi Filho, o maior investidor individual da B3. Os dois principais acionistas são atualmente Bradesco Seguros, com 15,9% do capital, e Itaú Seguros, com 11,6%.