A deriva

Revogação do IOF ameaça máquina pública, diz Haddad

Revogação do IOF pode paralisar serviços públicos, alerta Haddad. Governo teme impacto fiscal e cortes em despesas essenciais.

 ministro da Fazenda, Fernando Haddad
ministro da Fazenda, Fernando Haddad

A revogação do IOF preocupa o governo federal. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que a suspensão do decreto pode comprometer serviços essenciais da administração pública. 

Ele se reuniu com os presidentes da Câmara e do Senado para explicar os impactos fiscais da medida. 

Além disso, o governo calcula uma perda de até R$ 41 bilhões em arrecadação até 2026, caso o Congresso derrube o aumento das alíquotas do imposto.

Revogação do IOF pode causar cortes em serviços essenciais

Fernando Haddad afirmou que o governo precisaria cortar ainda mais despesas se o Congresso rejeitar o decreto. 

Como resultado, o pagamento de contas básicas, como luz e água, ficaria comprometido. 

Além disso, haveria impacto direto sobre investimentos previstos para 2025. 

O ministro explicou que a equipe econômica buscou priorizar o corte de gastos, e não o aumento de tributos.

Governo quer evitar paralisia administrativa

Segundo o ministro, a paralisação da máquina pública ocorrerá se os recursos deixarem de entrar nos cofres federais. 

Com menos arrecadação, o Executivo terá que intensificar o contingenciamento. 

Portanto, o funcionamento de ministérios e serviços poderá ser comprometido. 

Ou seja, sem o IOF, o governo corre o risco de travar sua própria estrutura.

Congresso cobra alternativas de longo prazo

Durante a reunião, os presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre pediram ao governo propostas mais duradouras. 

Enquanto isso, eles solicitam medidas estruturantes que envolvam a revisão de gastos e o equilíbrio fiscal. 

Em resposta, Haddad prometeu apresentar sugestões que ampliem a estabilidade orçamentária sem depender exclusivamente da arrecadação via IOF.

Aumento do IOF pode render até R$ 41 bilhões

O decreto que elevou o IOF mira operações de crédito, remessas ao exterior, compra de moeda estrangeira e uso de cartões internacionais. 

O governo espera arrecadar até R$ 20,5 bilhões em 2025. 

Além disso, a expectativa para 2026 chega a R$ 41 bilhões. Inicialmente, o texto incluía uma alíquota de 3,5% sobre fundos internacionais. 

No entanto, o governo voltou atrás após ouvir o setor financeiro.

Equilíbrio fiscal e funcionamento do Estado em risco com revogação do IOF

A revogação do IOF coloca em risco a capacidade do governo de manter a máquina pública funcionando. 

Embora o Congresso tenha razão em cobrar soluções estruturais, o momento exige equilíbrio. 

Assim, o diálogo entre Executivo e Legislativo será essencial para garantir responsabilidade fiscal sem prejudicar os serviços públicos.