Reparo de estragos

RS: Banco do Brics libera R$2,6 bi para reconstrução do Estado

A instituição não fez imposição de como o dinheiro deve ser utilizado, disse DIlma Rousseff, presidente do banco

Foto: Divulgação / Vice-Presidência
Foto: Divulgação / Vice-Presidência

O NBD (Novo Banco de Desenvolvimento), também chamado de banco do Brics, tornou formal, nesta terça-feira (4), a liberação de US$ 495 milhões, cerca de R$ 2,6 bilhões, dirigidos a investimentos em programas para a reconstrução do Rio Grande do Sul (RS), após a tragédia com as enchentes que destruíram a região.

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que visita a China em missão comercial, teve um encontro com a presidente do banco do Brics, Dilma Rousseff, para assinar o acordo de liberação dos recursos ao RS.

A mandatária do banco já havia anunciado o investimento no início de maio, após as enchentes. Para Dilma, o NBD foi flexível na alocação de recursos e não fez imposição de como o dinheiro deve ser utilizado, porém há meios de acompanhar os projetos.

A reconstrução da infraestrutura no RS, que engloba obras em rodovias, pontes, vias urbanas e outras instalações, receberá US$ 200 milhões do total liberado, de acordo com a “Reuters”.

Enquanto isso, o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), receberá o repasse de US$ 295 milhões para investimentos que sigam as necessidades do RS.

Incerteza da Economia atinge maior alta em 3 anos com enchentes no RS

As enchentes no Rio Grande do Sul (RS) levaram o IIE-Br (Indicador de Incerteza da Economia), calculado pela FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) a atingir a maior alta em quase três anos.

O IIE-Br subiu 6,4 pontos em maio, para 112,9 pontos, maior nível desde março de 2023 (116,7 pontos).

De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista responsável pelo indicador, além das implicações da tragédia do RS na economia, as dúvidas sobre o cenário fiscal brasileiro, que surgiram no último mês, contribuíram para a piora do nível de incerteza.

Outro aspecto lembrado pela especialista é o fato de que o desastre no Rio Grande do Sul também está ligado ao cenário fiscal. Isso porque ainda não se sabe exatamente quanto custará reconstrução no Estado, e nem qual será exatamente o apoio, em recursos financeiros, do governo federal nesse sentido.

Essa dúvida também ajudou a manter incerteza em patamar elevado no mês, notou Anna Carolina. Ao mesmo tempo, o mercado segue de olho na trajetória dos juros básicos da economia no Brasil e nos EUA.