A Sabesp (SBSP3) aprovou, na sexta-feira (19), o pagamento de quase R$ 1,8 bilhão em juros sobre capital próprio. O valor equivale a R$ 2,63 por ação. Além disso, o conselho também aprovou um aumento de capital de R$ 2,81 bilhões. A companhia, agora privada, busca fortalecer sua estrutura financeira e iniciar uma nova fase de gestão mais alinhada ao mercado.
Como será o pagamento
A empresa pagará os proventos em 30 de abril de 2026. Portanto, os investidores precisam estar na base acionária até o fim do pregão de 23 de dezembro de 2025 para receber o benefício. A partir de 24 de dezembro, os papéis serão negociados “ex-proventos”.
Além do pagamento em dinheiro, haverá capitalização de reservas de lucros. Nesse processo, a Sabesp emitirá 20,264 milhões de ações ordinárias. Cada acionista receberá 0,029646975 ação por papel detido em 23 de dezembro de 2025. Segundo a companhia, esses valores vêm de lucros anteriores a 2024.
Essa iniciativa complementa o plano de fortalecer a estrutura societária após a privatização.
Estratégia após a privatização
A empresa também ajustou sua política de dividendos. Por isso, pretende ampliar o percentual distribuído ao mercado nos próximos anos. Em 2026 e 2027, a Sabesp poderá dividir até 50% do lucro líquido ajustado. Em 2028 e 2029, o limite sobe para 75%. A partir de 2030, pode chegar a 100%.
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Esse avanço cria expectativa entre investidores que buscam renda. Analistas do Goldman Sachs, por exemplo, projetam dividend yield de 2,1% para 2026.
Contexto financeiro e impacto ao investidor
Além do mais, a companhia tenta equilibrar investimentos em infraestrutura e retorno ao acionista. Em abril de 2025, já havia aprovado R$ 2,5 bilhões em proventos.
Agora, com o novo anúncio, reforça o perfil de pagadora constante no setor de utilities. Por outro lado, quem quiser receber os proventos precisa se posicionar no papel antes da data de corte.
Em resumo, a Sabesp mostra disciplina financeira, amplia distribuição de resultados e fortalece imagem entre investidores movimento que consolida a virada iniciada com a privatização.
